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03/09/2018     nenhum comentário

Cremesp investiga contratação de médicos via whatsapp por OSs

Relatos chegaram até o Sindicato dos Médicos de São Paulo e dizem respeito à cidade de Guarulhos

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Todo dia uma temos nova denúncia de irregularidades envolvendo organizações sociais de saúde é destaque dos telejornais de São Paulo.

Na última sexta-feira (31), o portal de notícias G1 divulgou que o Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) recebeu denúncias de que duas novas Organizações Sociais (OSs) de saúde que prestam serviço para a prefeitura de Guarulhos, na região metropolitana da cidade de São Paulo, estão contratando médicos para plantões por meio de um aplicativo de mensagens.

O Conselho Regional de Medicina (Cresmesp) abriu sindicância para investigar o caso.

As vagas oferecidas via whatsapp seriam para cirurgião geral e médicos residentes, mesmo aqueles ainda não formados, e o serviço prestado seria no plantão dos hospitais Municipal de Urgências (HMU) e da Criança. As mensagens sempre informam que o “trabalho é tranquilo”, de acordo com o Simesp.

Diante da denúncia, o Simesp encaminhou o caso ao Ministério Público do Trabalho e ao Ministério Público Estadual. O presidente da entidade sindical, Eder Gatti, alerta o risco desse modelo de contratação. “O profissional que trabalha nesses hospitais precisa ter a especialidade adequada para garantir segurança no atendimento à população”.

A Associação Médica Brasileira (AMB) ressalta que a contratação de médicos deve ser feita com a verificação cuidadosa da habilitação dos profissionais como princípio básico.

Ao G1, o presidente da AMB explicou a gravidade da situação. “Toda a documentação referente à parte médica precisa ser checada, caso contrário é como sortear um passageiro que goste da atividade para pilotar um Boeing”, afirma Liconln Lopes Ferreira, presidente da Associação. E ele completa: “beira a irresponsabilidade porque é expor a população a um profissional potencialmente não habilitado a exercer aquilo a que ele se propõe”.

A prefeitura de Guarulhos disse à imprensa que não reconhece a prática de contratação por aplicativo no município. As duas OSs que atuam no Município se posicionaram, negando as denúncias.

A OS Santa Casa de Birigui e o Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG) ressaltaram que fazem as contratações de forma presencial. A primeira é responsável pelo HMU. A segunda gerencia o Hospital da Criança e do Adolescente.

Crise na terceirização da saúde
A crise no Hospital Municipal de Guarulhos se arrasta há um ano. No início deste mês, médicos e funcionários ameaçaram parar porque não recebiam salário e por más condições de trabalho.

Na semana passada, a prefeitura de Guarulhos rompeu o contrato com o Instituto Gerir, que administrava o HMU e o Hospital da Criança.

Essas duas unidades começaram a ser operadas pela outras duas OSs já citadas acima: a Santa Casa de Birigui e o Instituto de Desenvolvimento e Gestão.

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