Comissão da Câmara barra entrada de OSs no Distrito Federal

No Distrito Federal, as Organizações Sociais (OSs)  deram prejuízo de pelo menos R$ 59 milhões à saúde, conforme levantamento do Ministério Público.

Não é a toa que, se depender da comissão que analisa as emendas à Lei Orgânica do Distrito Federal da Câmara Legislativa, as OSs serão barradas da gestão pública do DF. O Governador Rodrigo Rolemberg (PSB) tenta a todo custo ampliar a terceirização na pasta.

Entretanto, o plano está cada vez mais difícil. Nesta quarta-feira (7/12), os distritais que integram o colegiado aprovaram uma emenda que proíbe a atuação dessas organizações nas áreas de saúde e educação. A matéria ainda será submetida ao plenário da Casa, onde precisa de 16 dos 24 votos dos deputados para ser aprovada.

Conforme noticiou o Jornal Metrópoles, o autor da emenda, deputado Ricardo Vale (PT), diz que vai tentar levar a matéria a plenário na próxima semana. “O que vejo hoje é que muitos dos deputados que eram favoráveis às organizações sociais, agora, estão vendo os escândalos e mudando de opinião”, ressaltou.

Na manhã desta quarta, a entrada de OSs no DF foi tema de discussão em outra comissão da Casa, a a de Educação, Saúde e Cultura da Câmara Legislativa. Um pedido de vista do deputado Wasny de Roure (PT) interrompeu a análise, que será retomada nesta quinta (8), a partir das 14h.

A experiência com as OSs no passado é ruim no Distrito Federal. Como foi dito acima,  recentemente o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios fez um levantamento e cobrou na Justiça o ressarcimento de pelo menos R$ 59 milhões em contratos firmados entre o governo local e essas organizações na área da saúde. Os valores são referentes a prejuízos que teriam sido provocados por esse tipo de parceria que terceiriza a gestão.