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O.S. em Santos NÃO!
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17/03/2023     nenhum comentário

COM REPASSES QUE SOMAM R$ 3,8 BI, ORGANIZAÇÃO SOCIAL DO HOSPITAL DOS ESTIVADORES NÃO TEM IMPRESSORA PARA EMITIR EXAMES

A falta da máquina de impressão de resultado de exames atrasa o atendimento e acarreta riscos à saúde dos pacientes que precisam do exame para retorno ao especialista indicado, diz requerimento da vereadora Débora Camilo (PSOL).

Requerimento da vereadora de Santos, Débora Camilo (PSOL), ao Executivo denuncia a dificuldade de pacientes e seus familiares para obter o resultado de exames e outros documentos médicos no Hospital dos Estivadores.

A unidade, que é gerenciada pela organização social Instituto Social Hospital Alemão Oswaldo Cruz, recebe altas somas em repasse mensais do Município, do Estado e da União. Até o momento, só dos cofres municipais a empresa já embolsou R$ 3,8 bilhões, segundo os dados que a Prefeitura disponibiliza no Portal da Transparência.

O contrato de gestão com a OS prevê repasse de R$ 9,6 milhões/mês para o funcionamento do hospital, sendo R$ 4,5 milhões oriundos do Governo do Estado, R$3.752.470,06 da Prefeitura de Santos e R$1.369.331,94 do Governo Federal.

Também foi firmado um investimento extra de mais até R$ 6.548.000,00 no primeiro ano de renovação do contrato, por parte da Prefeitura, a título de melhorias que se mostrem necessárias.

Com tanto dinheiro assim, fica difícil entender qual é a dificuldade em manter uma impressora em funcionamento.

Segundo o requerimento, os relatos apontam que a falta da máquina de impressão de resultado de exames atrasa o atendimento e acarreta riscos à saúde dos pacientes que precisam do exame para retorno ao especialista indicado.

 

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CONTRA TODAS AS FORMAS DE TERCEIRIZAÇÃO E PRIVATIZAÇÃO!

Como se vê, terceirizar os serviços é fragilizar as políticas públicas, colocar a população em risco e desperdiçar recursos valiosos com ineficiência, má administração ou até má fé de entidades privadas.

Disfarçadas sob uma expressão que esconde sua verdadeira natureza, as organizações sociais (OSs), organizações da sociedade civil (OSCs) e oscips e não passam de empresas privadas, que substituem a administração pública e a contratação de profissionais pelo Estado. Várias possuem histórico de investigações e processos envolvendo fraudes, desvios e outros tipos de crimes.

No setor da saúde, essas “entidades”, quando não são instrumentos para corrupção com dinheiro público, servem como puro mecanismo para a terceirização dos serviços, o que resulta invariavelmente na redução dos salários e de direitos.

Embora seja mais visível na Saúde, isso ocorre em todas as áreas da administração pública, como Educação, Cultura e Assistência Social. O saldo para a sociedade é a má qualidade do atendimento, o desmonte do SUS, das demais políticas públicas e, pior ainda: o risco às vidas.

Todos estes anos de subfinanciamento do SUS e demais serviços essenciais, de desmantelamento dos direitos sociais, de aumento da exploração, acirramento da crise social, econômica e sanitária são reflexos de um modo de produção que visa apenas obter lucros e rentabilidade para os capitais. Mercantiliza, precariza e descarta a vida humana, sobretudo dos trabalhadores. O modelo de gestão por meio das Organizações Sociais e entidades afins é uma importante peça desta lógica nefasta e por isso deve ser combatido.

Não à Terceirização e Privatização dos serviços públicos!

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