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27/02/2019     nenhum comentário

Com repasse de R$ 12 milhões/mês, OS do Irmã Dulce vai ganhar dinheiro extra para climatização

Reportagem anterior já havia alertado que hospital corre sérios riscos de incêndio

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O caso da terceirização da saúde pública em Praia Grande é um escracho com a população. De tão grande o escracho, fica até parecendo algo natural.

O que as pessoas não enxergam é que se não se levantarem, a saúde continuará descendo ladeira abaixo enquanto as contas correntes das empresas travestidas de organizações sociais só crescerá.

O Jornal A Tribuna traz hoje uma reportagem sobre a suspensão das cirurgias eletivas no Hospital Irmã Dulce, por algo absurdo e deprimente: falta de ar condicionado no centro cirúrgico.

Na verdade, não há climatização em vários setores do Hospital, gerido pela organização social Associação Paulista para o Exercício da Medicina (SPDM). Os pacientes, já debilitados, têm que enfrentar forte calor para obter atendimento médico.

A SPDM, que embolsa dos cofres da Cidade R$ 12 milhões por mês, deverá receber um “extra” para tentar solucionar o problema do calor. Sim, a empresa receberá cerca de R$ 144 milhões e não tem dinheiro para comprar alguns aparelhos de ar condicionado.

A SPDM também ficou os pés em Santos, onde está administrando a UPA da Zona Noroeste. Neste município, o Conselho Municipal de Saúde está contestando o processo de publicização e a contratação da entidade privada, carregada de processos judiciais, condenações em cortes de contas e denúncias de péssimos serviços prestados em hospitais e unidades no Estado.

É surreal o que acontece em Praia Grande, em Santos e em todo o Brasil com o avanço avassalador e irresponsável das OSs nas administrações públicas com o único e exclusivo objetivo de se apropriar do fundo público de saúde sem transparência e sem garantir a devida contrapartida na qualidade dos serviços.

Abaixo a reportagem com os detalhes da interdição no Hospital pela Anvisa. A versão online da matéria pode ser vista aqui

Cirurgias são canceladas por falta de climatização no Hospital Irmã Dulce

Vigilância Sanitária de Praia Grande interdita procedimentos cirúrgicos devido à ausência de refrigeração na unidade

Moradores de Praia Grande vêm reclamando de problemas ocasionados pela falta de refrigeração no Complexo Hospitalar Irmã Dulce. As cirurgias eletivas, procedimentos que podem aguardar por mais tempo, foram suspensas na unidade pois os condensadores de ar não estavam operando no centro cirúrgico e Unidade de Tratamento Intensivo até terça-feira (26).

Na segunda-feira (25), uma audiência pública na Câmara Municipal discutiu assuntos relacionados à área de saúde de Praia Grande. O Secretário de Saúde, Cleber Suckow Nogueira, explicou que a administração municipal cogita o envio de recursos à gestora do hospital, a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), para a solução do problema. “A SPDM já apresentou um relatório situacional, apresentando todos os problemas estruturais da unidade. Com isso, estamos vendo a possibilidade de dar um aporte necessário para que a situação seja regularizada”, esclareceu.

Foi abordado durante a audiência que a temperatura das salas de cirurgia chegou a alcançar mais de 30ºC, o que favorece a proliferação de bactérias, gerando infecções hospitalares. Foi determinado pela Secretaria de Saúde que a Vigilância Sanitária de Praia Grande realizasse uma inspeção na manhã desta terça-feira (26) para avaliação das condições de funcionamento do hospital.

Durante o encontro, foi explicado que o Hospital Irmã Dulce precisa trocar seis condensadores de ar-condicionado, entretanto apenas dois aparelhos seriam substituídos por unidades já ultrapassadas provisoriamente. Além disso, Suckow cita que a SPDM enviou um relatório com todos os problemas estruturais apresentados, inclusive no sistema elétrico em todo o hospital.

Em nota, a SPDM informa que os atendimentos emergenciais continuam sendo realizados na unidade, apesar do problema de climatização, e que a empresa responsável pela manutenção dos equipamentos não conseguiu realizar os reparos devido às fortes chuvas que atingiram Praia Grande recentemente. Além disso, ela esclareceu que na terça-feira (26) seria realizada mais uma tentativa para solucionar o problema e substituir alguns dos condensadores.

O Hospital também afirma que vem atuando em conjunto com a Vigilância Sanitária do município e que será realizada uma reunião nesta quarta-feira (27) com a prefeitura para buscar soluções definitivas.

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