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18/10/2017     nenhum comentário

Com OS custando R$ 17 milhões, CREI não faz cirurgias por falta de material

Segundo denúncia publicada no Jornal A Tribuna, pacientes acidentados esperam semanas e até meses para serem operados.

Olha só o que os pacientes acidentados, com membros quebrados ou fraturados passam no antigo Crei, em São Vicente.

O hospital municipal vicentino foi destaque negativo nesta quarta-feira (18) na imprensa. Pessoas esperam meses por cirurgias por que não há materiais ortopédicos como pinos e placas. Enquanto isso, a Prefeitura já empenhou R$ 17.546.524,85 para a ABBC, uma organização social com problemas em várias cidades (veja texto abaixo), para fazer a contratação de alguns médicos e também para capacitação e sistema de faturamento.

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Será que falta material de cirurgia porque a Prefeitura não tem dinheiro para comprar? Na imprensa o Governo de Pedro Gouvêa (PMDB) dá outra justificativa. Diz que a situação decorre de problemas na licitação dos insumos.

O fato é simples de ser traduzido. O SUS sofre muito por conta do baixíssimo financiamento em contraposição aos altos custos da saúde com o avanço da medicina e da tecnologia. Isso em todo o Brasil. No entanto, políticos como os prefeitos de São Vicente, Cubatão, Santos, Bertioga, Guarujá e Praia Grande, aprofundam ainda mais esse fosso financeiro, desviando dinheiro para as OSs, que nada mais são do que empresas sedentas por lucro. Entidades que prestam menos serviços do que prometem (ou não prestam nenhum), por um custo muito mais alto, decorrente da terceirização em si e, muitas vezes, de esquemas criminosos como sobrepreço de insumos e procedimentos.

Em resumo, OSs significam mais dinheiro sendo tirado do SUS.

E, para piorar, o novo prefeito, em vez de aprender com a má experiência que a terceirização trouxe ao antigo Crei, abriu na semana passada concurso de projetos para colocar mais empresas na saúde. Desta vez, para gerir o PS do Humaitá e do Parque das Bandeiras, o Hospital do Humaitá e a Maternidade do Centro.

Vem aí mais ineficiência, falta de transparência, saque aos cofres municipais e muitos transtornos para a população.

Veja abaixo a reportagem do Jornal A Tribuna.

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No Ataque aos Cofres Públicos já pesquisamos antes o passado da ABBC. Veja:

Associação Brasileira de Beneficência Comunitária (ABBC)

A OS responde ação em Itatiba, por irregularidades. O Ministério Público pediu o bloqueio de bens do prefeito, João Fattori (PSDB), em uma ação civil pública que visa garantir que mais de R$ 39 milhões sejam devolvidos aos cofres públicos. A acusação é de direcionamento na escolha da entidade para administração de uma UPA e também de terceirização e quarteirização ilegal de mão de obra bem como ausência de comprovação de capacidade técnica pela contratada. Saiba mais aqui  e também aqui

Já em Bragança, o TCE-SP aponta falta de transparência do contrato firmado com a entidade na área da saúde. Em Ribeirão Pires, o jornal Diário do Grande ABC publicou reportagem, em 2012, que liga o presidente de outra OS – a OSSPUB, a irregularidades. Edison Dias Júnior, segundo o jornal, teria comprado um carro de luxo com dinheiro público. Veja a matéria aqui

Na ocasião, ele teria utilizado R$ 20 mil que deveriam ser destinados para o pagamento de médicos e deu como entrada em um Toyota Corolla modelo 2011/2012, cujo valor total é R$ 72 mil. A OSSPUB gerenciava o Hospital e Maternidade São Lucas e as oito residências terapêuticas de Ribeirão. Depois do escândalo, o contrato foi encerrado e a entidade fechada.

Ainda conforme o jornal, Edson então criou outras OSs e continuou a atuar normalmente em prefeituras do interior. Uma delas é a ABBC, que também ganhou um contrato para terceirizar serviços no Hospital Municipal de São Vicente, o antigo Crei.

 

 

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