Caos na saúde terceirizada de Cubatão é abordado em reportagens
Saúde no município, quase toda entregue para Organizações Sociais, é alvo de reportagens publicadas na imprensa regional.
Enquanto os trabalhadores terceirizados da Organização Social AHBB seguem sem salário e arrecadando doações de alimentos para evitarem que suas famílias passem fome, os pacientes que precisarem de atendimento emergencial continuam correndo riscos. No Hospital Municipal a greve da categoria garante apenas 30% dos profissionais em atividade.
No Pronto Socorro, também terceirizado por outra OS – a OSS Revolução – uma denúncia veiculada em rede nacional pela TV Record mostrou que médicos plantonistas estão sendo escalados para trabalhar sem qualquer exigência de documentação profissional. Veja aqui a reportagem.
Lá muitos médicos também se queixam de calote após trabalharem em plantões como PJs e não receberem da OS. Em ambos os casos, as entidades alegam que a Prefeitura não repassa os valores estipulados em contrato.
Quanto ao Hospital. na última quinta-feira, dia 23, houve audiência no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, em São Paulo, para tentar solucionar o impasse trabalhista. Mas funcionários que estão sem receber há mais de dois meses e a gestora do hospital não conseguiram chegar a um acordo. Já a prefeitura diz que aguarda um repasse federal de pouco mais de R$ 3 milhões para tentar amenizar a questão e trabalha para desmentir o boato de que o hospital seria fechado.
Recentemente, a administração municipal declarou estado de calamidade na saúde. E o Conselho Municipal de Saúde alertou (veja no destaque abaixo) que a política de terceirização vem acarretando prejuízos, com queda da qualidade. Os conselheiros afirmam que desde que a AHBB foi contratada de forma emergencial, os serviços, que já eram insatisfatórios, pioraram ainda mais.
Antes da AHBB quem comandava o Hospital Municipal era a Pró-Saúde. A entidade também é alvo de diversas denúncias e investigações em cidades de vários estados brasileiros. O Ataque aos Cofres Públicos fez diversas reportagens sobre ela. Numa delas, mostramos que a OS tinha mais de 5 mil títulos de protestos referentes a calotes a fornecedores. Leia aqui.