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25/01/2017     nenhum comentário

Câmara e Executivo de Santos: juntos criando mais uma maneira de dar dinheiro aos mercadores da saúde

Pagar para clínicas e hospitais particulares realizarem exames para a rede pública em horários alternativos é a nova modalidade de terceirização. Uma solução que caiu como uma luva para reservar mercado rentável a empresários da saúde santista amigos do Governo.

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Não é novidade que a vinda do ex-secretário de Gestão de Santos, Fábio Ferraz, para a pasta da Saúde neste novo mandato de Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) tem a clara intenção de ampliar e acelerar a terceirização na saúde municipal.

Mas, o que dizer de um vereador, presidente de um hospital privado, que atua para que o município estabeleça novas “parcerias” com a rede particular? Ademir Pestana, companheiro de partido do prefeito, já teria se reunido com o secretário de Saúde, Fábio Ferraz, para alinhavar o programa que permitirá transferir dinheiro dos cofres municipais de forma direta para instituições privadas de saúde. Não está clara se a medida virá por meio de projeto de lei.

Veja a nota publicada pelo Jornal Diário do Litoral:

 

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Isso mesmo. Trata-se de pagar para que exames que deveriam ser prestados com mais agilidade na rede pública (não o são por incompetência dos gestores que nela atuam) sejam feitos nos hospitais e clínicas particulares. O objetivo oficial seria “zerar” a fila nas policlínicas e ambulatórios.

Claro que tal parceria será vista com entusiasmo pela rede privada de hospitais, por ser mais uma fonte de receita. Significa uma forma de terceirização ainda mais vantajosa, porque não precisaria sequer de organizações sociais para intermediar a movimentação do dinheiro público. Uma bela reserva de mercado rentável a empresários da saúde santista amigos do Governo, no mais clássico estilo “me ajuda que eu te ajudo”.

Em vez de trabalhar para fortalecer a rede municipal, contratando mais profissionais e equipando mais unidades, o Governo deixa a coisa ficar cada dia pior. Depois é só investir dinheiro em repasses automáticos para as empresas – com custo provavelmente mais oneroso aos cofres públicos. Além de ajudar os amigos da iniciativa privada, essa seria mais uma forma de agentes públicos se isentarem da responsabilidade constitucional para com a oferta e a qualidade dos serviços essenciais à população. Para isso eles foram eleitos!

Se isso realmente ocorrer, o círculo vicioso da terceirização na saúde de Santos estaria quase completo. Primeiro a UPA, depois o  maior hospital da Cidade (Hospital dos Estivadores) e, por fim, o setor de exames solicitados na rede básica.

Além de Pestana, o vereador Kenny Mendes (PSDB) também defende a proposta, apelidada na cidade de São Paulo de “Corujão da Saúde”.  O “cubatense canadense” já manifestou grande ânimo em importar a ideia para Santos, conforme publicação em seu perfil no Facebook.

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O mais falta acontecer para enterrar de vez a saúde santista?

 

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