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12/02/2015     nenhum comentário

Aumenta o número de mortes em UPAs geridas por OSS em Uberaba

Secretário de Saúde minimiza e diz que ainda é muito recente para julgar o desempenho da entidade.

upa-mirante

O Conselho Estadual de Saúde de Uberaba apontou um aumento no número de mortes após a troca da gestão nas unidades de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. Um doce para quem adivinhar qual Organização Social de Saúde (OSS) assumiu o serviço.

Se o nome que veio à cabeça do leitor for Pró-Saúde, acertou em cheio. A OSS que protagonizou muitas ocorrências problemáticas no Hospital de Cubatão também está por trás de mais essa notícia negativa.

Foi o que mostrou uma notícia publicada no site G1, nesta quarta-feira (11). Segundo o levantamento divulgado pelo conselho foram registrados 39 óbitos desde que a entidade assumiu as UPAs, há 45 dias. O maior número de casos foi na UPA Parque do Mirante. O secretário de Saúde, Marco Túlio Cury, garantiu que haverá investigação dos casos.

Já o diretor da Organização Social (OS), Ronaldo Foloni, discorda dos números apontados e destaca que a situação está sob controle, se comparada com o ano anterior. “Na UPA São Benedito foram 13 óbitos. Na do Mirante foram 15. Levantamos todos os dados de 2014 e, no mesmo período de janeiro e fevereiro, foi em torno de 13 óbitos na unidade do São Benedito e, na do Mirante, foram 12. Para nós estes números estão dentro da normalidade”, afirmou.

Ministério Público

Segundo o secretário de Saúde, a implantação está recente e a fiscalização é constante. Não é o que pensa a promotora de Justiça Cláudia Marques, que atua na defesa da Saúde na cidade. Ela recordou que houve tentativa de negociação com o município diante da contratação da OSS. Sem a confirmação das intenções que dizem respeito aos princípios da administração pública, a promotoria recorreu judicialmente.

A avaliação da promotora é que a Pró-Saúde é incapaz de atuar na cidade. “Ingressamos com ação civil pública e conseguimos em primeira instância a liminar no sentido de impedir que essa OS assumisse a administração da UPA e do Hospital Regional, mas o efeito dessa liminar foi suspenso pelo Tribunal depois que o município agravou a decisão liminar. Nossa avaliação, inclusive depois das várias denúncias que temos recebido, é de que a ação tem que ser procedente, pois a OS não tem condições de atuar administrando uma área tão importante como a urgência e emergência e o Hospital Regional”, destacou.

Ao portal de notícias o diretor da Pró-Saúde ainda destacou que melhorias foram feitas tais como: compra de medicamentos e materiais; implantação e triagem dos pacientes por meio de classificação de risco; e criação de um serviço de Atendimento ao Usuário. Uma pesquisa foi feita em janeiro com quase 19 mil pacientes e, segundo o diretor, comprovou a capacidade de gestão da OS. “Hoje, estamos em torno de 87% a 89% de satisfação nas duas UPAs. Apesar de ter sido medido só na segunda quinzena de janeiro, já conseguimos entender que a população está de certa forma satisfeita”, afirmou.

Essa conversa de pesquisa de satisfação também é recorrente no Hospital Municipal de Cubatão, onde a Pró-saúde atua há anos. Nos levantamentos feitos pela OSS a aprovação sempre é grande, mas nas redes sociais e nos dados estatísticos de institutos de pesquisas sérios, a coisa é bem diferente.

Para se ter uma ideia, os índices de mortalidade infantil em Cubatão vêm crescendo. Embora os fatores que interferem nesse indicador sejam vários, o atendimento no momento imediatamente anterior ao parto e também nas primeiras horas de vida do bebê contam bastante.

Segundo a Fundação Seade, a taxa de bebês mortos por mil nascidos era de 8,6 em 2010, subiu para 15,3 em 2011, depois para 18,7 em 2012 e foi para 23,3 no ano seguinte. O último índice é, inclusive, superior à média da Baixada Santista (15,9) e do Estado (11,5) para o mesmo ano.

Mais uma vez ressaltamos:

Organizações Sociais (OS) fazem mal à saúde e provocam rombos nos cofres públicos.

Não deixe que esse tipo de gestão vire realidade em Santos! Lute pela revogação imediata das leis 2.947/2013 e 2.965/2014

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Saiba mais sobre o projeto Ataque aos Cofres Públicos e contribua com essa causa!

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