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31/03/2016     nenhum comentário

Audiência pública propõe saída das OSs em Mato Grosso

Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa quer fazer voltar à pauta o Projeto de Lei Complementar (36/2012), de iniciativa popular, que exige a revogação das OSs no Estado.

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Em audiência pública realizada na última segunda-feira (28), o presidente da Comissão de Saúde do Poder Legislativo de Mato Grosso, o deputado estadual Emanuel Pinheiro (PMDB), disse que irá solicitar o desengavetamento do Projeto de Lei Complementar (36/2012), de iniciativa popular, que exige a revogação das Organizações Sociais de Saúde (OSS) no Estado.

O arquivamento da matéria, ocorrido em abril de 2015, foi amplamente criticado pelos servidores da saúde presentes na audiência, que debateu a falta de estrutura nos serviços terceirizados e os prejuízos vivenciados pela categoria e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

A proposta foi apreciada na atual gestão do deputado Guilherme Maluf (PSDB). “Vou cobrar o posicionamento do presidente sobre essa iniciativa popular”, disse Emanuel Pinheiro, ao site Folha Max.

O projeto tem como finalidade revogar as leis que tratam sobre a qualificação das Organizações Sociais, visando manter sob a gestão do Estado os serviços de saúde, evitando assim a terceirização dos serviços prestados no âmbito estadual.

A realização de concurso público na SES foi a principal reivindicação da categoria. Os servidores criticaram também as condições dignas de trabalho, reforma das unidades de saúde, mobiliário adequado para as condições ergonômicas do trabalhador, aposentadoria especial, dentre outras demandas.

“Estamos há 14 anos sem concurso público, as unidades do interior estão depreciadas e sucateadas, sem mobiliários, sem condições mínimas de trabalho. De fato, não conseguimos oferecer serviços dignos e de qualidade à população”, afirmou o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e do Meio Ambiente (Sisma/MT), Oscarlino Alves.

O sindicalista revelou que vem sinalizando ao governador Pedro Taques (PSDB) a vontade de uma conversa franca sobre a real situação da saúde pública. “É preciso que haja um modelo participativo democrático. As decisões estão sendo feitas de modo unilateral, sem diálogo, ou seja, as nossas reivindicações não estão sendo ouvidas”, apontou.

Para o presidente da Comissão de Saúde, a audiência serviu para expor as mazelas do sistema e, com isso, buscar medidas emergenciais que possam garantir melhores condições aos usuários.

“É um absurdo você ir buscar o medicamento e não ter ou estar suspenso. Há falta de leitos da UTI, a espera por consultas é de meses, sendo que há necessidade de atendimento imediato, ou seja, a população está padecendo. Nós queremos dar um basta nisso. A saúde pública de MT está na UTI”, criticou o parlamentar.

O Estado admitiu a falta de infraestrutura e precariedade no sistema. O secretário de Saúde do Estado (SES) de Mato Grosso, Eduardo Bermudez, apontou a crise econômica do país como um dos principais entraves para a melhoria do sistema.

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