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23/04/2018     nenhum comentário

Vida dura para quem ainda tenta a sorte na UPA de Santos

Pelo visto, Governo e Câmara (que segue omissa) naturalizam o absurdo que se tornou o atendimento no serviço terceirizado, que desfalca R$ 21 milhões dos cofres municipais.

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Sem fiscalização por parte da Câmara de Vereadores e dos demais órgãos de controle, a UPA Central segue tirando a paciência dos usuários. Conseguir atendimento digno e dentro dos parâmetros mínimos de humanização continua sendo raridade no local.

Além dos vereadores e do próprio Governo, omitem-se diante da situação o Conselho Municipal de Saúde e Ministério Público. Quem vai até a unidade, gerida pela Fundação do ABC, precisa contar com a sorte e com muita resistência física e emocional.

Foi o que aconteceu com Simone da Silva Henriques, que esteve na última terça-feira (17) na unidade com a filha de apenas cinco anos. A menina estava muito fraca e vomitando. Depois da família esperar por duas horas, a criança foi examinada. Dos seis remédios receitados pelo pediatra, apenas um antinflamatório foi fornecido e, mesmo assim, para apenas um dia de tratamento.

“Colheram os exames de sangue e de urina e agora estou aqui esperando o resultado. Disseram que demora mais quatro horas”, relatou a mãe, sentada com na escadaria da UPA, com a filha doente no colo. “Lá dentro não dá para ficar. Muita gente. Não tem nem onde sentar direito”, lamentou.

Simone conta que a maioria das pessoas que passaram por atendimento na mesma hora também saíram sem medicamentos e sem solução para seus problemas.

E na última sexta-feira dois jornais locais mostraram que pacientes aguardam mais de seis horas para consulta. (INCLUIR)

Assim como a UPA Central, outras unidades de urgência e emergência de Santos, como o PS da Zona Noroeste (onde na semana passada o teto da sala de Raio-X despencou) e o PS da Zona Leste, seguem em estado precário. A diferença é que, enquanto na unidade terceirizada há uma empresa faturando altas somas de dinheiro (R$ 21 milhões/ano) sem apresentar a contrapartida, nos serviços administrados de forma direta os investimentos financeiros não existem. Pelo contrário, a ordem é deixar tudo sucateado para depois entregar o para outras empresas.

E assim a saúde de Santos vai sendo dominada pelas organizações sociais, com a desculpa de que somente a entrada da iniciativa privada pode melhorar o atendimento. E tem gente que ainda acredita nesse discurso comprovadamente mentiroso.

Santos precisa reagir e exigir que a Lei das OSs seja revogada e que os serviços essenciais sejam de fato prioridade.

Veja abaixo o que têm a dizer os usuários da UPA terceirizada!

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