denuncie Denuncie! denuncie
O.S. em Santos NÃO!
Facebook
Youtube
03/02/2020     nenhum comentário

SPDM: Garota que tinha doença de chagas recebe diagnóstico de dengue e morre

Família de Praia Grande acusa Hospital Irmã Dulce, gerido pela OS SPDM, de erro médico

chagas_irma_dulce

Mais uma história de final trágico tem o Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, como cenário. No local, administrado pela organização social SPDM, uma adolescente de 15 anos morreu com suspeita de doença de Chagas. O fato lamentável é que, segundo a família, ela havia sido tratada como se tivesse dengue por vários dias. E ainda segundo relato dos parentes, a menina faleceu quatro horas depois de receber uma medicação nova.

O jornal A Tribuna repercutiu o caso. No último dia 27, Thaynara Beatriz Gomes se queixou
de dores. Mas a menina já apresentava mal-estar há cerca de 15 dias. Nesse período ela recebeu vários diagnósticos, inclusive de dengue, antes de falecer na última quarta-feira (29).

Veja abaixo trechos da reportagem:

O irmão de Thaynara, Diego Gomes, de 19 anos, conta que a estudante precisou ser levada diversas vezes ao Hospital Irmã Dulce, desde quando os primeiros sintomas apareceram. O primeiro diagnóstico foi de dengue, e o tratamento começou prontamente.

Já na última semana, exames apontaram inchaço no coração da garota, indicando que tratava-se de doença de Chagas, que é transmitida pelo protozoário Trypanosoma cruzi.

“Quatro horas depois que ela foi medicada, ela teve parada cardíaca e não resistiu”, relata o irmão. Ele ainda diz que o hospital não registrou a causa da morte no prontuário. “Ela estava normal, conversando, mas depois do medicamento cou pior. Depois que as médicas zeram a autópsia, falaram que foi algo no estômago, por isso achamos que foi efeito da medicação”, conta.

Diego registrou boletim de ocorrência na Delegacia Sede de Praia Grande, e a família aguarda o resultado nal do laudo para entrar com um processo.

“Infelizmente, foi culpa do hospital, sim, mas queremos justiça, para não acontecer com outra pessoa. Minha irmã não vai voltar mais, mas a justiça tem que ser feita”, desabafa.

Atendimento
Em nota, a direção do Hospital Municipal Irmã Dulce arma que o atendimento necessário foi prestado e que, ao não responder ao tratamento, a paciente foi internada para maior assistência.

Veja na íntegra:
A direção do Hospital Municipal Irmã Dulce esclarece que a paciente T.B. passou por atendimento na unidade desde o último dia 17, sendo avaliada, atendida e medicada para o quadro de saúde apresentado, sendo posteriormente internada para avaliação diagnóstica aprofundada por não responder ao tratamento ofertado.

Porém, apesar de receber toda a assistência necessária ao seu caso, a mesma apresentou piora súbita em seu quadro de saúde, com complicações, falecendo na última quarta-feira, 29/01. O caso foi encaminhado ao SVO.

O hospital se solidariza com os familiares, que foram orientados em todas as etapas assistenciais, e permanece à disposição para esclarecimentos e orientações.

Doença de Chagas

A doença de Chagas pode ou não manifestar sintomas nos pacientes afetados. A infecção é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. Na fase crônica, a doença pode afetar o coração, o trato digestivo ou ambos.

Segundo o Ministério da Saúde, na fase aguda da doença, os principais sintomas são febre prolongada (mais de sete dias), dor de cabeça, fraqueza intensa e inchaço no rosto e pernas.

Já na fase crônica, a maioria dos casos não apresenta sintomas, porém, algumas pessoas podem apresentar problemas cardíacos, como insuficiência cardíaca e problemas digestivos.

As principais formas de transmissão da doença de Chagas são pelo contato com fezes de insetos infectados (popularmente conhecidos como barbeiro, chupão, procotó ou bicudo), após picada; transmissão oral a partir da ingestão de alimentos contaminados com parasitas provenientes de insetos infectados; pela passagem de parasitas de mulheres infectadas por Trypanosoma cruzi para seus bebês durante a gravidez ou o parto; por transfusão de sangue ou transplante de órgãos de doadores infectados a receptores sadios; pelo contato da pele ferida ou de mucosas com material contaminado durante manipulação em laboratório ou na manipulação de caça.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *