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10/11/2017     nenhum comentário

Secretário de Santos ‘infla’ número de atendimentos na UPA Central

Será que é porque há uma negociação em andamento para aumentar o repasse para a OS FUABC? Ao contrário do que sugere o secretário à imprensa, se esse possível aumento for baseado na quantidade de consultas, não há motivos para acréscimos financeiros no contrato.

No Jornal A Tribuna desta sexta-feira (10), foi publicada uma matéria sobre a UPA de Santos com declarações do secretário de Saúde, Fábio Ferraz, que mais parecem servir de pano de fundo para justificar um aumento no valor do contrato com Fundação do ABC.

Apesar de todos as deficiências do serviço, a OS que administra a unidade teve o contrato com a administração municipal renovado em setembro, como anunciamos aqui no Ataque aos Cofres Públicos. No entanto, o Plano Operativo elevou o teto de atendimentos nos quesitos consultas, exames e procedimentos ambulatoriais.

A reportagem sugere que a OS pediu um aumento nos repasses em função dessas alterações. Já Ferraz diz que atualmente a unidade registra uma média de 650 a 700 atendimentos por dia. Essa informação não é verdadeira. Conforme o próprio relatório de prestação de contas do segundo quadrimestre, a UPA registrou um declínio no número de consultas e também na quantidade de exames. Para mais detalhes clique aqui.

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Ainda segundo o relatório, a média de consultas por dia é de 549, bem inferior à mencionada por Ferraz.  Por mês foram registradas em média 16.491 consultas na unidade.

Isso mostra que superlotação e a demora motivadoras de reclamações diárias não acontecem por conta do aumento da procura de usuários, como quer fazer parecer a Prefeitura. Provavelmente, as equipes dos plantões estão mais enxutas do que deveriam, aumentando o tempo de espera por atendimento para mais de 5 ou 6 horas. Claro que o objetivo das empresas prestadoras é sempre cortar gastos onde for possível para alargar o ganho econômico de seus diretores.

Ou seja: já é muito ruim que Santos conte com uma Organização Social ficha suja cuidando de uma unidade de urgência e emergência. Pior ainda é saber que tal empresa que já ganha muito dinheiro fazendo muito pouco pode vir a ganhar ainda mais, mesmo com incógnitas sobre o cumprimento de metas quantitativas e com a certeza de que a qualidade do serviço prestado é péssima.

Até quando o santista vai suportar esse tipo de coisa calado?

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