denuncie Denuncie! denuncie
O.S. em Santos NÃO!
Facebook
Youtube
11/09/2019     nenhum comentário

Polícia Federal indicia prefeito por escândalo envolvendo Fundação do ABC

Prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, usou a Fundação ABC, que presta serviços de saúde na Cidade, além de escolas, para acomodar empresas de alimentação em cinco contratos que somam R$ 37 milhões.

orlando-morando

Novo episódio do caso de apadrinhamento e aparelhamento da organização social Fundação do ABC por prefeituras acusadas de tratar a terceirização e quarteirização como balcão de negócios abastecido com dinheiro público.

Nesta terça (10) a Polícia Federal indiciou o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, e mais 15 pessoas por corrupção passiva e fraude em licitações.

De acordo com a Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros, Morando usou a a organização social, que presta serviços de saúde na cidade, além de escolas, para acomodar empresas de alimentação em cinco contratos que somam R$ 37 milhões.

Os investigadores concluem que os atos de Morando como prefeito mantiveram “uma rede criminosa de lucro decorrente do desvio de recursos públicos”. No relatório que traz os elementos dos indiciamentos a PF pede o afastamento de Morando do cargo.

Conforme matéria publicada pela Rádio CBN, Morando já estava na mira da Polícia Federal nas operações Prato Feito e Trato Feito, que apresentou provas de um propinoduto na região metropolitana de São Paulo, especialmente em Mauá, onde a propina era distribuída por vereadores e no primeiro escalão, para manter contratos de empresas com a prefeitura sem contestações.

Ex-presidente da FUABC é do conluio criminoso, diz PF

“As provas colhidas foram desdobradas por áreas e a investigação relativa à São Bernardo concluiu que Morando nomeou para presidir a Fundação ABC um dos membros dessa organização criminosa. Depois, o presidente escolhido pelo prefeito do PSDB contratou a empresa de alimentação do próprio genro pra prestar serviços nos hospitais administrados pela Fundação, que é comandada pelas três prefeituras do ABC paulista”, diz a reportagem de Pedro Durán.

Essa pessoa não está mais na presidência.

Para a PF, Morando alegou que jamais solicitou ou recebeu vantagens para interferir nas contratações de São Bernardo. Ele negou ocorrência de fraude nas contratações emergenciais.

Compartilhamos no dim de agosto último as reportagens que a CBN publicou sobre como a Fundação ABC tem sido usada para acomodar aliados e até parentes dos prefeitos do ABC, num esquema de aparelhamento institucionalizado. Veja aqui.

Uma das pessoas que participaram desse esquema foi o prefeito de Mauá, Átila Jacomussi, que tinha sido preso pelas mesmas operações Prato Feito e Trato Feito e voltou ao cargo hoje depois de conseguir uma liminar pra reassumir a prefeitura.

O Tribunal de Justiça, disse que por estar preso ele não pôde se defender no processo de impeachment. Jacomussi, que é do PSB, tinha cargos da Fundação pra empregar gente como o próprio cunhado.

O que diz a Fundação e o prefeito indiciado

A Fundação ABC disse que não é investigada na operação Prato Feito e não mantinha contato com nenhuma das pessoas investigadas, com exceção de seu ex-presidente, que diante da suspeita noticiada à época prontamente se desligou da entidade. Dizem ainda que não têm conhecimento de funcionários investigados e nem foi cobrada para prestar esclarecimentos às autoridades federais.

À reportagem, Orlando Morando disse que não recebeu dinheiro de pessoas ou empresas citadas na investigação e que teve sua prestação de contas da campanha de 2016 aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral. Diz ainda que não há nenhuma prova de favorecimento na campanha eleitoral e, muito menos, depois. E que os contratos feitos ao longo da gestão foram aprovados pelo Tribunal de Contas do Estado. O prefeito diz que as empresas citadas foram proibidas de firmar contratos com a cidade.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *