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02/08/2019     nenhum comentário

OSs e a terceirização: pais descobrem que bebês foram trocados em hospital de Trindade

Essa não é a primeira vez; outro caso ocorreu em 2017, quando o hospital também era comandado por um OS

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Falta de atenção e de responsabilidade, perigo e susto. São com essas palavras que moradores de Trindade, município da região metropolitana de Goiânia, distante cerca de 240 km de Brasília, definem a troca de bebês no Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin), gerenciado pela organização social Instituto Cem.

A falha trouxe angústia e sofrimento a dezenas de pessoas das duas famílias envolvidas, em especial às mães, as maiores prejudicadas, como conta reportagem do site Metrópolis.

Sob o título “Moradores de Trindade se revoltam e temem novas trocas de bebês”, o veículo conta que outras mulheres que tiveram filhos recentemente no Hospital de Urgências ficaram aflitas com a história que tirou o sono de dois casais da cidade.

O amadorismo e a total falta de responsabilidade que fica evidente na administração terceirizada do equipamento conflita com os discursos sempre convictos dos políticos que trazem as OSs como promessa de profissionalização dos serviços e eficiência no atendimento. Na prática, ocorre o contrário, sempre com custo mais alto para o poder público e, de brinde, por falta de transparência e controle, via de regra aparecem denúncias de desvios e corrupção com dinheiro da saúde.

Abaixo, reproduzimos a matéria do Metrópoles:

Moradores de Trindade se revoltam e temem novas trocas de bebês
Mulheres que tiveram filhos recentemente no Hospital de Urgências ficaram aflitas com a história que tirou o sono de dois casais da cidade

Falta de atenção e de responsabilidade, perigo e susto. São com essas palavras que moradores de Trindade, município da região metropolitana de Goiânia, distante cerca de 240 km de Brasília, definem a troca de bebês no Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin).

O caso virou o principal assunto do município de cerca de 130 mil habitantes, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Perdeu até mesmo para o típico calorão do inverno goiano, que sempre está na pauta dos encontros de botequins e vizinhos.

Mesmo com o final feliz, os bebês foram destrocados na noite dessa quinta-feira (01/08/2019), quando exames de DNA comprovaram que os recém-nascidos estavam com os pais invertidos, o assunto ecoa no município.

“Foi um susto danado, eu só chorava”, conta avó de bebê trocado.

Cidade turística, Trindade é conhecida pela festa Divino Pai Eterno. Neste ano, cerca de 3 milhões e 200 mil romeiros passaram pelo município nos 10 dias da tradicional comemoração católica.

Mulheres que tiveram filhos recentemente no local ficaram aflitas com a história de Genésio Vieira, 43 anos, Pauliana Maciel, 27, Murilo Lobo, 22, e Aline Alves, 20, que tiveram seus bebês trocados em 9 de julho.

Nessa quinta-feira (01/08/2019), a maternidade do Hutrin voltou a funcionar. Ao longo do dia, um sem número de mulheres passaram pelo local com seus bebês. Alguns, recém-nascidos. Todas traziam no peito um sentimento: desconfiança.

Caso de 2017
Esta é a segunda troca de bebês no Hutrin. Em 2017, duas crianças foram entregues a mães erradas. A falha foi percebida ainda na maternidade.

Na época o serviço também era comandado por entidade privada, só que se tratava de organização social distinta.

Esse é o preço da terceirização na saúde. Improviso, falta de comprometimento com a população, precariedade e dinheiro, muito dinheiro, indo para o bolso de empresários. Muitas vezes também para o bolso de políticos que adotam a terceirização via OSs como caixa 2 ou meio de enriquecimento pessoal.

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