Médicos de Bariri em greve contra OS caloteira

Mais uma cidade vive dias difíceis na saúde por conta das decisões irresponsáveis, equivocadas ou até mesmo propositalmente maléficas de prefeitos adeptos da terceirização.

Em Bariri (SP), médicos do Pronto-Socorro da Santa Casa paralisaram as atividades desde a madrugada desta quarta-feira (7), em protesto contra o atraso nos salários.

A greve teve adesão de todos os médicos, de acordo com o sindicato que representa os profissionais da saúde. Apenas um médico teria ficado de prontidão para atender os casos de emergência.

Para tentar minimizar o estrago no atendimento, a Prefeitura disponibilizou uma UTI Móvel para o transporte dos casos mais urgentes para atendimento na região. O que a Prefeitura não disponibiliza é a explicação do motivo de manter operando um dos principais serviços municipais uma empresa ficha suja e que é alvo de investigações por desvio de verba da saúde em Campinas.

Estamos falando da OS Vitale, que protagonizou um escândalo, com direito a prisão de seus representantes. Até hoje a Operação Ouro Verde, da Polícia Federal, rende desdobramentos.

Em Bariri, os médicos reclamam que estão desde janeiro sem receber salários. No dia 19 de fevereiro, os funcionários do hospital já haviam feito um protesto contra os atrasos nos salários e também pedindo a saída da OS Vitale.

A prefeitura informou que tem feito os repasses normalmente. Já a empresa diz que a parte da verba que é oriunda do orçamento municipal (R$ 316 mil por mês) não foi autorizada a ser repassada pelos vereadores. A não permissão do repasse tem motivo. O legislativo não aprovou os repasses porque a Vitale não conseguiu apresentar uma certidão negativa de débitos, o que a impede de assinar contratos com o Executivo.

Todo apoio aos médicos e demais profissionais de saúde de Bariri. Que a população da cidade saiba exigir o retorno da gestão municipal nas unidades e a imediata realização de concursos públicos para os cargos da área.