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25/07/2018     nenhum comentário

Funcionários terceirizados mandam bilhetes para denunciar precariedade em hospital

Parentes de usuários denunciam necrotério com superlotação de corpos; hospital Pedro II é gerido por OS

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Funcionários com salários atrasados e condições de trabalho extremamente precárias denunciam a situação calamitosa por meio de bilhetes. Usuários reclamam de problemas diversos, entre eles um amontoado de corpos no necrotério.

Esses e outros absurdos viraram rotina no Hospital Pedro II, em Santa Cruz, no Rio de Janeiro. O equipamento é gerenciado pela organização social Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM).

Bilhetes

Matéria publicada pelo G1 noticiou nesta quarta (24) que funcionários recorreram a pedaços de papel para denunciar a precariedade no hospital na Zona Oeste do Rio. A estratégia de comunicação se deu por medo dos terceirizados sofrerem retaliação das chefias.

Sem receber salários, os colaboradores dizem que a comida no hospital está estragada, faltam macas e insumos, além de superlotação. O Governo do Rio se limitou a dizer que a OS está recebendo em dia e que irá cobrar informações sobre as denúncias.

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“As OSs estão recebendo. Inclusive antes da folha da administração direta”, justificou Marcelo Crivella.

Necrotério

Em outra matéria, também nesta quarta (24) o G1 mostrou que familiares de pessoas que vieram a falecer no Pedro II, denunciam que os corpos não estão sendo liberados do necrotério e, por isso, estão se acumulando. Por conta dos salários atrasados há 20 dias não há funcionários para liberar os papéis para o Instituto Médico-Legal (IML).

Veja trechos da reportagem:

Parentes de Rogério Melo, que morreu em um acidente de carro na madrugada de sábado (21), afirmam que o corpo foi liberado apenas na noite de segunda-feira (23). “Disseram que estava faltando um funcionário para emitir um documento até a delegacia. Aguardamos quase 48 horas”, destacou Marcieli Belfino, tia de Rogério.

A irmã da vítima do acidente afirmou que a unidade não contava com médicos para dar a notícia sobre o falecimento. Eles souberam por um agente do Corpo de Bombeiros.

Os salários dos funcionários estão atrasados há 20 dias e, por isso, muitos não têm dinheiro para ir trabalhar. Por meio de bilhetes, os trabalhadores denunciam que, além do pagamento, os alimentos estão estragados, faltam macas e que a unidade de saúde estaria superlotada.

“Não tem maqueiro. Muita falta porque o pessoal não está indo trabalhar. Não tem dinheiro de passagem. Muitos estão revoltados por causa da falta de pagamento”, explicou uma funcionária que não quis se identificar.

Quem esteve na unidade na manhã desta terça contou que apenas a emergência segue operando.

“O pessoal está sendo atendido pelos médicos, fazem o exame de sangue e se tiver que fazer a tomografia, fazem também. Mas quem vai ficar internado está aguardando vaga, porque não tem vaga em lugar nenhum. A sala amarela está com 90 pacientes e não tem onde internar quem tem que ficar internado”, detalhou a mesma profissional.

A Secretaria Municipal de Saúde confirma que há um atraso nos salários e que vai cobrar da Organização Social que administra o local sobre as denúncias.

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