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11/04/2018     nenhum comentário

Após mortes de crianças, Prefeitura de Rio Claro troca OS que fornecia pediatras em número insuficiente

De acordo com o Município, organização social responsável pelo atendimento anterior não fornecia pediatras suficientes.

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Com terceirização na saúde, vidas estão literalmente em risco. Não é exagero! Os fatos comprovam. Um exemplo é o que aconteceu na cidade do interior paulista Rio Claro.

Após morte de crianças, a Prefeitura resolveu trocar a organização social responsável por contratar as equipes médicas das UPAs. A mudança foi anunciada em março, após três crianças irem à óbito após passarem por atendimento nas unidades de pronto atendimento terceirizadas. Duas mortes ocorreram na mesma semana, com denúncias dos familiares de negligência ou de erros.

Na UPA da Avenida 29, a quantidade de médicos pediatras passará de um para dois profissionais.  Além da OS anterior, que atuava desde julho de 2017, fornecer apenas um médico a cada período, não havia a exigência de que eles fossem especialistas.

“A empresa tinha dificuldade de nos atender e atendia em situações de necessidade com médicos que atendiam crianças, mas que não tinham especialidade em pediatria”, confessou o secretário de Saúde de Rio Claro, Djair Claudio Francisco.

Como assim? O Município deixou? Não fiscalizou? Entregou para a iniciativa e deu o problema por solucionado, sabendo que OSs são empresas e, como tal, sempre vão adotar meios de obterem “gordura” em seus caixas por meio da precarização dos serviços?

Já na UPA do bairro Cervezão também haverá um pediatra a mais do que atendia anteriormente.

Morte de crianças
A última morte foi de Marcelo Adiel Filho, de 5 anos, que faleceu em 14 de março, na UPA da Avenida 29, após passar por dois atendimentos. No primeiro, durante a manhã, o menino foi liberado, mas os pais voltaram de noite e o garoto foi internado, morrendo horas depois.

Uma semana antes, em 7 de março, a menina Rebeca Luiza Ribeiro dos Santos, de um ano e 10 meses, morreu na mesma unidade. Segundo a família, ela foi levada com tosse e febre à UPA da 29 em 26 de fevereiro, atendida e liberada.

No dia da morte de Rebeca, ela foi levada à UPA e novamente atendida e liberada. Quando voltou para casa, a criança piorou e precisou voltar mais uma vez à UPA. Quando chegou, Rebeca foi atendida novamente pela médica que a havia atendido pela manhã, que receitou inalações e xarope e deu alta de novo.

Mas a família se negou a voltar para casa, mas só após 3 horas conseguiu ser atendida, mas já era tarde e a menina morreu minutos depois.

Em dezembro de 2017, Manuelly Caroline Borges Fávaro, de um ano e cinco meses, morreu depois de ter passado várias vezes pelas Unidades de Pronto Atendimento da 29 e do Cervezão e feito uma consulta particular. O atestado de óbito constatou problemas cardíacos, insuficiência respiratória, pneumonia extensa.

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