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23/05/2017     nenhum comentário

A Tribuna: Bombeiros esperam por mais de 30 minutos devolução de macas na UPA Central

Fundação do ABC alega que a demora é de cerca de 20 minutos e justifica o problema com a superlotação da unidade

As mazelas da terceirização irresponsável na saúde de Santos refletem até mesmo no trabalho do Corpo de Bombeiros.

Como se já não bastassem os conhecidos problemas causados pela demora e sucateamento do SAMU de Santos, o Governo de Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) tem que responder à população sobre mais um enrosco envolvendo a retenção das macas das viaturas dos Bombeiros pela Fundação do ABC, organização social (empresa terceirizada) contratada para gerenciar a UPA Central.

A OS simplesmente não tem macas para receber seus pacientes. Que não tem cadeiras de rodas, já denunciamos aqui várias vezes. Mas, pelo visto, não há também macas. O que afinal a empresa faz com os quase R$ 20 milhões por ano que a Prefeitura repassa?

A situação foi tema de reportagem de A Tribuna Digital, publicada nesta segunda-feira (22).

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O pior é que este problema não é novo. Em fevereiro deste ano, a mesma A Tribuna denunciou situação semelhante (leia aqui). Em 15 de fevereiro, uma quarta-feira, quatro viaturas do SAMU ficaram impossibilitadas de continuar atendendo chamados nas ruas porque as macas ficaram “presas” na UPA, com pacientes em espera de atendimento. Tudo porque a unidade não dispunha de camas ou macas extras.

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Clique aqui para ir direto para a matéria desta segunda-feira (22) ou leia abaixo a íntegra:

Bombeiros esperam por mais de 30 minutos devolução de macas na UPA Central

Fundação do ABC confirma uma demora de cerca de 20 minutos e justifica o problema com a superlotação da unidade

Duas, das três viaturas de socorro do Corpo de Bombeiros, ficaram mais de 30 minutos paradas em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central de Santos, entre as 14h30 e 15h30 desta segunda-feira (22). O motivo: as macas em que as vítimas chegaram demoraram para serem devolvidas.

Segundo um profissional, que trabalha no local e não quis se identificar, a justificativa para a retenção do equipamento foi a falta de mais macas. Todas já estariam em uso.

A Tribuna On-line entrou em contato com o Corpo de Bombeiros para confirmar a informação de que as macas só teriam sido liberadas após a ida do comandante da corporação até a unidade, mas não obteve resposta para o questionamento.
Sem as macas, bombeiros não puderam deixar a UPA Central (Foto: Carlos Nogueira/AT)
O mesmo trabalhador disse, ainda, que, muitas vezes os oficiais levam as vítimas à UPA Central, mas são orientados a levar ao Pronto-socorro Central (ao lado da Santa Casa). De acordo com a Prefeitura de Santos, pacientes são encaminhados ao PS Central apenas quando a sala de emergência está lotada.

A Administração Municipal ressalta, também, que o setor de emergência do antigo PS Central funciona “como retaguarda da rede de pronto atendimento e que a medida é sempre comunicada previamente às corporações de atendimento de urgência/emergência”.

Respostas

A Secretaria de Saúde do Município informa que não há registros de retenção de macas dos Bombeiros, mas que vai apurar o caso com a gestora da unidade. A Fundação do ABC, responsável pela UPA Central, confirmou que ficou com as macas por aproximadamente 20 minutos.

Segundo a entidade, a sala de emergência da unidade estava superlotada e, portanto, foi solicitado o desvio de novos casos de Clínica Médica ao PS Central, o que “é procedimento padrão em situações excepcionais”.

Porém, ao contrário do que foi pedido, a Fundação do ABC destaca que o Corpo de Bombeiros continuou a encaminhar novos casos à UPA, inclusive de traumas leves, sem classificação de urgência e emergência.

“Por essa razão, a equipe da UPA precisou readequar sua logística interna em meio aos atendimentos urgentes e a liberação das macas dos Bombeiros”.

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