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16/11/2020     nenhum comentário

TERCEIRIZADOS DE OS QUE TRATAM CASOS DE COVID EM SV DENUNCIAM ATRASO NOS SALÁRIOS

A organização social (OS) Aceni atrasou em mais de uma semana os pagamentos dos contratados que atuam no antigo Crei

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A organização social que atua em São Vicente (SP) está dando calote nos funcionários terceirizados da Saúde.

Em plena segunda onda de Covid-19, a entidade privada, contratada para atender casos decorrentes da pandemia, está atrasando os pagamentos dos profissionais que atuam na linha de frente do Hospital Municipal.

A OS é a Associação das Crianças Excepcionais de Nova Iguaçu (Aceni), que já foi alvo de matérias aqui no Ataque aos Cofres Públicos, como pode ser visto nos links a seguir.

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O caso envolvendo a falta de pagamento dos trabalhadores terceirizados da Saúde foi publicado em reportagem do Jornal A Tribuna. Veja abaixo ou clique aqui para ir direto para a página.

Funcionários da ala de Covid-19 do Hospital Municipal de SV denunciam pagamento atrasado

Funcionários da ala de Covid-19 do Hospital Municipal de São Vicente, o antigo Crei, denunciam que estão sem receber o salário referente ao mês de outubro. O pagamento, que deveria ter caído no dia 5 de novembro, tem preocupado os funcionários da unidade.

Ainda segundo os trabalhadores, a informação que receberam foi de que o pagamento só seria feito depois das eleições municipais.

Desde abril, a Organização Social (OS) Associação das Crianças Excepcionais de Nova Iguaçu (Aceni) tem cuidado da gestão da ala da Covid-19 do hospital, segundo os trabalhadores. Porém, essa foi a primeira vez que o atraso do salário ocorreu.

Um dos funcionários, que preferiu não se identificar, conta que a situação é preocupante, pois depende do salário para pagar as contas. “Vejo que está enchendo. Tanto é que o contrato (de trabalho) foi renovado. As pessoas perderam o medo”, relata.

Uma outra funcionária, que também preferiu não se identificar, conta que a situação tem deixado os colegas de trabalho apreensivos. Apesar do atraso, ela relata que não pode desanimar, pois a pandemia continua sendo uma luta diária dos profissionais da saúde e que o número de infectados continua crescendo. “Os pacientes precisam de mim. Recebendo ou não, eles precisam de mim, e eu vou cumprir meu juramento”, desabafa a funcionária.

Procurada pela reportagem de ATribuna.com.br, a Prefeitura de São Vicente, por meio da Secretaria da Saúde (Sesau), informa que os funcionários da Associação das Crianças Excepcionais de Nova Iguaçu (Aceni) foram pagos nesta sexta-feira (13). Já os plantões médicos e de enfermagem devem ser pagos entre esta sexta e segunda-feira (16).

NÃO ÀS OSs E À TERCEIRIZAÇÃO!

Disfarçadas sob uma expressão que esconde sua verdadeira natureza, as OSs não passam de empresas privadas, que substituem a administração pública e a contratação de profissionais pelo Estado. Várias possuem histórico de investigações e processos envolvendo fraudes, desvios e outros tipos de crimes.

No setor da saúde, essas “entidades”, quando não são instrumentos para corrupção com dinheiro público, servem como puro mecanismo para a terceirização dos serviços, o que resulta invariavelmente na redução dos salários e de direitos. No meio desta pandemia, além do medo de se contaminar e contaminar assim os seus familiares, profissionais da saúde enfrentam também a oferta despudorada de baixos salários e falta de estrutura de trabalho, o que contrasta com a importância da atuação deles no combate ao COVID-19.

É evidente que o saldo para a sociedade é a má qualidade do atendimento, o desmonte do SUS e, pior ainda: o risco às vidas.

Todos estes anos de subfinanciamento do SUS, de desmantelamento dos demais direitos sociais, de aumento da exploração, acirramento da crise social, econômica e sanitária são reflexos de um modo de produção que visa apenas obter lucros e rentabilidade para os capitais. Mercantiliza, precariza e descarta a vida humana, sobretudo dos trabalhadores. O modelo de gestão da Saúde por meio das Organizações Sociais é uma importante peça desta lógica nefasta e por isso deve ser combatido.

Não à Terceirização e Privatização da Saúde Pública! Em defesa do SUS 100% Estatal e de Qualidade!

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