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29/06/2020     nenhum comentário

TERCEIRIZADOS DE HOSPITAL EM SÃO GONÇALO PROTESTAM CONTRA CALOTE NOS SALÁRIOS

Protesto foi liderado pelos técnicos de enfermagem contratados de forma quarteirizada pela OS Instituto Lagos Rio, alvo de operação do MP

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Funcionários do Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), em São Gonçalo, Rio de Janeiro, protestaram em frente à unidade neste fim de semana. Eles ameaçam cruzar os braços se não forem pagos os salários atrasados há dois meses pela Organização Social Instituto Lagos Rio. A OS é pivô de um escândalo de corrupção na Saúde.
Os técnicos de enfermagem denunciam que além do atraso no pagamento dos salários, os funcionários do hospital, que é referência na região, estão sem receber o dinheiro referente ao vale-transporte.
Na quarta-feira (24) passada, os funcionários também protestaram pelo mesmo motivo.
A OS Lagos, alvo da ‘Operação Pagão’, do Ministério Público na última quinta-feira (25), recebeu os repasses do governo.
Os profissionais seriam quarteirizados de uma outra empresa contratada pela OS. Cinco pessoas ligadas a entidade foram presas. Entre elas o ex-dirigente e atual fornecedor da OS, Sildiney Gomes Costa, e o diretor-presidente do Instituto Lagos Rio, José Marcus Antunes Andrade.

Os males da Terceirização

Os contratos de terceirização na Saúde e demais áreas, seja por meio de organizações sociais (OSs), seja via organizações da sociedade civil (OSCs) são grandes oportunidades para falcatruas. Seja por meio de fraudes trabalhistas e precarização das condições de trabalho, seja pelo encontro de intenções entre administradores dispostos a se corromper e prestadores que montam organizações de fachada para estruturar esquemas de ganhos ilegais para ambas as partes.

As fraudes proliferam pela existência de corruptos e corruptores, em comunhão de objetivos, mas também pela facilidade que esta modalidade administrativa propicia para a roubalheira. Gestões compartilhadas com OSs e termos de parceria com OSCs não exigem licitações para compras de insumos. As contratações de pessoal também tem critérios frouxos, favorecendo o apadrinhamento político.

A corrupção, seja de que tipo for, é duplamente criminosa, tanto pelo desvio de recursos públicos já escassos quanto pela desestruturação de serviços essenciais como o da saúde, fragilizando o atendimento da população em pleno período de emergência sanitária.

Reafirmamos:

Todos estes anos de subfinanciamento do SUS, de desmantelamento dos demais direitos sociais, de aumento da exploração, acirramento da crise social, econômica e sanitária são reflexos de um modo de produção que visa apenas obter lucros e rentabilidade para os capitais. Mercantiliza, precariza e descarta a vida humana, sobretudo dos trabalhadores. O modelo de gestão da Saúde por meio das Organizações Sociais é uma importante peça desta lógica nefasta e por isso deve ser combatido.

Não à Terceirização e Privatização da Saúde Pública! Em defesa do SUS 100% Estatal e de Qualidade!

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