denuncie Denuncie! denuncie
O.S. em Santos NÃO!
Facebook
Youtube
28/08/2020     nenhum comentário

SPDM EM PRAIA GRANDE: PACIENTES FICAM UMA SEMANA SEM ACESSO À HEMODIÁLISE

Segundo imprensa local, pessoas com problemas renais estão sem sem hemodiálise desde o dia 22/8, por problemas estruturais na unidade gerenciada pela mesma OS que atua no Irmã Dulce

brt_nefro

O site Boca no Trombone de Praia Grande (BNT Notícias) denunciou nesta quinta (27) que há pelo menos 5 dias os pacientes renais atendidos na Nefro-PG, unidade administrada de forma terceirizada pela organização social SPDM, estão sem hemodiálise.

O procedimento realiza a função do rim, retirando as substâncias tóxicas, água e sais minerais do sangue, pelo auxílio de uma máquina. Ao invés de fornecer esse serviços pela rede direta da saúde municipal, a prefeitura de Praia Grande prefere terceirizar. No prédio onde ele é realizado os problemas para garantir o funcionamento do sistema se acumulam.

“As maquinas responsáveis por este processo apresentaram problema elétrico no sábado e conforme apuramos com funcionários do local até agora (dia 27/08) a tarde o serviço não foi restabelecido.

Segundo funcionários, uma equipe trabalha no local junto com técnicos da CPFL para resolver o problema. Também foi relatado a falta de condições do imóvel, mal localizado, sem estacionamento adequado, elevadores com problema, entre outros problemas”, diz o site.

Profissionais da saúde que atuam no local  não têm o respaldo necessário para garantir de forma permanente este que é um procedimento essencial para a manutenção da vida dos portadores de doenças renais crônicas.

Ao optar tratar mais esse setor da saúde como negócio, entregando-o para a iniciativa privada em troca de repasses altíssimos, a Prefeitura coloca centenas de vidas em risco.

De acordo co, o BNT Notícias, uma assistente social informou que o Ministério Público está dando andamento a um Inquérito Cívil sobre o caso e que este novo episódio será encaminhado ao promotor responsável.

“Hoje o elevador estava parado porque no fim de semana o gerador pifou por falta de energia. Os cadeirantes não receberam ajuda. A mãe de um rapaz teve que descer com o filho no colo. O porteiro disse que ele não tinha autorização para ajudar.”

O depoimento é de um dos pacientes ouvidos pela reportagem.

A SPDM é a mesma empresa que atua no Complexo Hospitalar Irmã Dulce, em Praia Grande, onde um médico falso foi contratado para atender pacientes com suspeita de COVID-19. Pelo menos uma paciente que foi atendida pelo falsário teria ido à óbito por erros no tratamento ministrado pelo homem.

A SPDM também atua como gestora na UPA da Zona Noroeste, em Santos. Na unidade santista, assim que a OS iniciou o atendimento, as reclamações sobre precariedade, negligência e descaso viraram rotina.

No ano de abertura da UPA, dezenas de mortes suspeitas de terem sido causadas por negligência foram noticiadas. A vereadora Telma de Souza (PT) chegou a tentar abrir uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) sobre o assunto, mas não obteve todas as assinaturas necessárias para instituir esta instância de investigação.

Os males da Terceirização
Os contratos de terceirização ou concessão na Saúde e demais áreas, por meio de organizações sociais (OSs) ou via organizações da sociedade civil (OSCs), são grandes oportunidades para falcatruas.

Seja por meio de fraudes trabalhistas e precarização das condições de trabalho, seja pelo encontro de intenções entre administradores dispostos a se corromper e prestadores que montam organizações de fachada para estruturar esquemas de ganhos ilegais para ambas as partes.

As fraudes proliferam pela existência de corruptos e corruptores, em comunhão de objetivos, mas também pela facilidade que esta modalidade administrativa propicia para a roubalheira. Gestões compartilhadas com OSs e termos de parceria com OSCs não exigem licitações para compras de insumos. As contratações de pessoal também tem critérios frouxos, favorecendo o apadrinhamento político.

A corrupção, seja de que tipo for, é duplamente criminosa, tanto pelo desvio de recursos públicos já escassos quanto pela desestruturação de serviços essenciais como o da saúde, fragilizando o atendimento da população em pleno período de emergência sanitária.

Todos estes anos de subfinanciamento do SUS, de desmantelamento dos demais direitos sociais, de aumento da exploração, acirramento da crise social, econômica e sanitária são reflexos de um modo de produção que visa apenas obter lucros e rentabilidade para os capitais. Mercantiliza, precariza e descarta a vida humana, sobretudo dos trabalhadores.

O modelo de gestão da Saúde por meio das Organizações Sociais é uma importante peça desta lógica nefasta e por isso deve ser combatido.

Não à Terceirização e Privatização da Saúde Pública! Em defesa do SUS 100% Estatal e de Qualidade!

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *