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15/10/2019     nenhum comentário

Servidores do Almoxarifado de Medicamentos de Santos denunciam ameaça de terceirização

Trabalhadores ficaram indignados e decidiram esclarecer a população sobre os retrocessos que a entrega do setor a uma empresa representam

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Servidores do Almoxarifado Municipal da Saúde de Santos participaram de mais uma atividade de rua para esclarecimento da população sobre os prejuízos de uma provável terceirização do setor.

Nesta segunda (14), dia de sessão legislativa na Câmara de Santos, os trabalhadores fizeram uma panfletagem em frente ao Castelinho e utilizaram equipamento de alto falante para denunciar a política de sucateamento do serviço pelo atual governo.
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Tudo começou quando os funcionários solicitaram soluções para alguns problemas na unidade, que vinham colocando em risco a qualidade do armazenamento e distribuição dos medicamentos. O novo coordenador do serviço respondeu que não seria necessário atender as reivindicações porque em breve a área seria terceirizada para uma instituição privada. Os servidores ficaram indignados e junto com o Sindicato dos Servidores Municipais de Santos (Sindserv) iniciaram um cronograma de ações para barrar esta ameaça.

Esta é mais uma demonstração da projeto de governo de Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) e de seu secretário de Saúde, o advogado Fábio Ferraz, já apontado como pré-candidato do PSDB para as eleições municipais do ano que vem.

O projeto de governo é calcado no lema “Sucatear para terceirizar/privatizar”. As mobilizações vão continuar com a entrega de material informativo pontuando as perdas para os munícipes.

Por exemplo: com uma empresa terceirizada à frente do setor que gerencia todo o estoque e distribuição de medicamentos e insumos médicos da rede de saúde, fica mais difícil assegurar a qualidade e a transparência nas farmácias municipais.

Hoje, com o serviço sendo executado de forma direta, por profissionais concursados e estáveis, é possível que os próprios profissionais denunciem irregularidades e até desvios. Com o serviço sendo entregue a terceiros, esse tipo de postura fica muito mais difícil. Trabalhadores com vínculos muito mais precários de trabalhos e que podem a qualquer momento perder seus empregos  certamente não se sujeitarão a contrariar interesses dos seus superiores, ainda que esses interesses contrariem o interesse público.

Vale lembrar que além dos Prontos Socorros Central e da Zona Noroeste (hoje transformados em UPAs), o prefeito vai terceirizar também o Ambulatório de Especialidades da Av. Conselheiro Nébias. Muito dinheiro envolvido em contratos com empresas que ninguém vai conseguir fiscalizar direito. Além dos vínculos estreitos com empresários às vésperas da campanha eleitoral, sabemos que a terceirização é uma saída muito usada para montagem de cabidões de empregos e currais eleitorais de vereadores.

Já vimos nas UPAs terceirizadas para organizações sociais que, a despeito dos milhões repassados, os serviços só pioram de qualidade. Para quem o santista vai reclamar quando o caos na saúde chegar ao pior nível possível?

 

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