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30/09/2020     nenhum comentário

SANTA CASA DE PACAEMBU, A OS QUE ATUA NO PAI BAIXADA SANTISTA É ALVO DE OPERAÇÃO

Diretora da unidade foi levada à delegacia

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A Operação Raio X, que visa desmantelar uma organização criminosa suspeita de desviar recursos do SUS via contratos com organizações sociais, fechou o cerco em várias unidades terceirizadas nesta terça (29).

Em Santos agentes do Ministério Público do Estado e a Policia Civil  estiveram no Polo de Atenção Intensiva em Saúde Mental da Baixada Santista (PAI Baixada Santista), gerido pela organização social Associação da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Pacaembu. Como adiantamos mais cedo, a OS, que também gerencia o Ambulatória de Especialidades Médicas (AME), em Santos, tem uma série de problemas no histórico em várias cidades. Veja aqui a matéria.

A diretora do PAI, Liege Tada Batagim dos Santosm, foi levada à delegacia. Além disso, foram também cumpridos mandados de busca e apreensão: dois em Santos e dois em Praia Grande.

De acordo com dados do próprio PAI Baixada Santista, a diretora, contratada pela OS, tem uma remuneração de R$ 18.171,63. Enquanto isso, profissionais como terapeuta ocupacional e psicólogo ganham pouco mais de R$ 3 mil.

A operação do MP e da Polícia Civil em São Paulo ocorreu em paralelo a uma operação da Polícia Federal (PF) no Pará, que coloca na mira o governador do estado, Helder Barbalho (MDB).

A ação, batizada de S.O.S, apura possíveis irregularidades na contratação, por parte do governo paraense, de organizações sociais para gestão de unidades hospitalares, além de hospitais de campanha para a pandemia do novo coronavírus. Segundo Controladoria-Geral da União (CGU), a PF constatou que as mesmas organizações sociais que estavam sendo investigadas no Pará já estavam sendo monitoradas pela Polícia Civil de São Paulo há cerca de dois anos.

São Paulo

Na capital paulista, a Polícia Civil  cumpriu mandados de busca e apreensão na secretaria estadual da Saúde de São Paulo e da Câmara Municipal.

O alvo na Câmara Municipal era um funcionário do gabinete do vereador Eliseu Gabriel (PSB). O vereador não é investigado. O parlamentar divulgou que o funcionário foi exonerado e que será readmitido se for inocentado ao fim da investigação.

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Já na secretaria estadual de Saúde, os alvos foram uma médica e uma advogada, funcionárias da pasta.

A operação prendeu 51 suspeitos de desviar verbas da saúde em 14 cidades do estado. A polícia também apreendeu R$ 700 mil, além de bens como carros e aviões.

Buscas nas sedes das OSs Santa Casa de Birigui e de Penápolis também ocorreram.
A ação foi coordenada pela Polícia Civil de Araçatuba por meio da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic).

Os policiais também fizeram buscas no Hospital Geral de Carapicuíba e no Hospital Municipal Antônio Giglio, um dos maiores de Osasco.

Ao todo, são 64 mandados de prisão temporária e 237 mandados de busca, sendo 180 no estado de São Paulo e 57 nos demais estados, além do sequestro de bens e valores.

Pará

No Pará, além de buscas contra Helder Barbalho, a PF prendeu dois secretários  e um assessor do governador. Os investigadores dizem que a atuação de Helder Barbalho foi essencial em ‘empreitada criminosa’.

São eles: Parsifal de Jesus Pontes, secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia e ex-secretário da Casa Civil; Antonio de Padua, Secretário de Transportes e Leonardo Maia Nascimento, assessor de gabinete.

Esquema Sofisticado de corrupção

De acordo com o Ministério Público de São Paulo, a investigação durou aproximadamente dois anos, período em que foram levantadas informações que indicam a existência de um sofisticado esquema de corrupção envolvendo agentes públicos, empresários e profissionais liberais, bem como de desvio de milhões de reais que deveriam ser aplicados na saúde.

Os donos das OSs são suspeitos de pagar propina a agentes públicos para conseguir os contratos que, em geral, são superfaturados.

Os crimes investigados são fraude em licitações, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

 

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