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29/07/2020     nenhum comentário

RENOVAÇÃO DE CONTRATO COM OS EM MAUÁ É DENUNCIADA

Denunciante pede que MP apure novo convênio com a Atlantic, por suspeita de superfaturamento

mauaatila

Foi acrescida de documentos a representação levada ao Ministério Público pedindo a  investigação da contratação de empresas para montagem e gestão do hospital de campanha contra a Covid-19, montado no estacionamento do Paço de Mauá.

Pré-candidato do PSD à Prefeitura de Mauá, o autor dos pedidos, João Veríssimo, anexou mais elementos para reforçar a apuração contra o governo do prefeito Atila Jacomussi (PSB) e a contratação da Atlantic – Transparência e Apoio à Saúde Pública, Organização Social (OS) que ficaria responsável pelo equipamento.

O pessedista pediu ao MP análise pormenorizada da extensão contratual com a OS. O Jornal Diário do Grande ABC também mostrou, no último dia 18, que a Prefeitura havia recontratado a empresa.

Com sede em Caieiras, na Região Metropolitana de São Paulo, a Atlantic foi alvo de operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por suspeita de superfaturamento do contrato com Mauá. A base de comparação foi o gasto da Prefeitura de Santo André com seus hospitais de campanha.

Ainda segundo o periódico, Veríssimo também solicitou averiguação de levantamento feito pelo Tribunal de Contas do Estado, que apontou que Mauá é a cidade da região que mais empenha recursos públicos por paciente contaminado com a Covid-19, mas, ao mesmo tempo, é o município com menor índice de testagens de diagnosticados com o vírus.

“A referida contratação é cercada de indícios de irregularidades e a execução contratual tem gerado várias suspeitas, conforme painel do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo publicado nesta semana, que apontou que o Município de Mauá é o que mais gasta no combate ao coronavírus na região, sendo, entretanto, município com maior letalidade entre as sete cidades, além de ser a que menos realiza testes para a Covid-19. Segundo o painel, Mauá realiza apenas três testes a cada 1.000 habitantes. Além disso, a Prefeitura realizou aditamento que envolve mais um pagamento de R$ 1,05 milhão para a ONG (Atlantic) já investigada e que tem sua sede localizada em terreno baldio, sem a devida publicidade dos termos deste aditamento”, listou o pessedista, no documento enviado ao MP.

“Sendo assim, encaminhamos mais uma vez indícios de má utilização dos recursos públicos por parte da administração pública mauaense”, finaliza

Além de Veríssimo, os vereadores Adelto Cachorrão (Republicanos), Professor Betinho, Sinvaldo Carteiro (ambos do PSL) e Marcelo Oliveira (PT) – todos de oposição a Atila – apresentaram representação, em abril, contra o governo Atila sobre a contratação de empresas para o hospital de campanha – a Pilar Organizações e Festas Ltda foi admitida para montagem do equipamento.

Atila tem negado qualquer irregularidade nos contratos para o hospital de campanha. Diz ser vítima de perseguição do Ministério Público e que a comparação feita com Santo André é injusta, uma vez que o município vizinho desmembrou os serviços para montagem e administração do equipamento de saúde em vários contratos, enquanto ele concentrou em dois.

Buscas

Em junho, mostramos aqui no Ataque que o prefeito foi alvo de buscas e apreensão por suspeitas de fraudes envolvendo o mesmo hospital de campanha.

O Ministério Público segue apurando se a OS Atlantic e a OS Ocean Serviços Médicos Ltda são a mesma empresa, já que funcionam no mesmo endereço. A Ocean já é investigada pela construção do hospital de campanha em Jandira.

Vale lembrar que o prefeito Átila Jacomussi já foi afastado da prefeitura anteriormente quando teve o mandato cassado pela Câmara de Vereadores em setembro. No entanto, ele conseguiu voltar ao cargo após uma decisão judicial.

O chefe do Executivo também já foi preso durante uma operação da Polícia Federal suspeito de desvio de verbas de merenda.

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