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04/11/2016     nenhum comentário

Pró-Saúde entrega Hospital de Caxias e Sindicato dos Médicos vai à Justiça

Médicos acusam a OS de fazer terrorismo ao ameaçar interromper o atendimento e tratamento de centenas de pacientes.

hospital-caxias

Como aconteceu em Cubatão, em Caxias (RJ) a Organização Social incumbida de gerir um hospital municipal com recursos públicos vai devolver o equipamento à administração pública. Agora que os repasses estão atrasados não há mais o interesse “social” em prestar atendimento médico à comunidade.

Estamos falando da OS Pró-Saúde, que já comunicou a decisão de deixar de administrar o equipamento, alegando falta de repasses do governo.

Foi assim também há pouco mais de um ano em Cubatão, quando a prefeitura atrasou repasses alegando não só problemas na arrecadação como, também, falta de transparência da OS na prestação de contas. A Pró-Saúde deixou o Hospital Municipal de Cubatão e deu meia-volta em busca de prefeituras mais “rentáveis”.

Em seu lugar entrou a AHBB, que depois de um ano e alguns meses se diz igualmente sem condições de manter o hospital aberto por falta de dinheiro.

Irresponsável, a Prefeitura de Cubatão empurrou a situação com a barriga, renovando os contratos de terceirização, mudando apenas as entidades/empresas, sabendo que o mesmo processo tornaria a se repetir.

Assim provavelmente acontecerá em Caxias, onde a Secretaria de Saúde diz que vai colocar outra OS no lugar da Pró-Saúde e afirma que os funcionários que tiverem interesse em permanecer serão aproveitados.

Tudo isso é parte de um discurso repetido. Os funcionários terceirizados da Baixada Fluminense serão igualmente iludidos como ocorre com os funcionários do Hospital Municipal de Cubatão, atualmente e novamente sem salários e sem perspectivas.

Médicos recorrerão à Justiça

Em Caxias, a devolução do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes pela Pró-Saúde vai parar na Justiça. O Sindicato dos Médicos já anunciou que moverá uma ação para impedir o fechamento do serviço, que é referência na Baixada Fluminense.

A Secretaria de Saúde divulgou nota esclarecendo que está em busca uma nova OS para gerenciar a unidade. Na quarta passada (2), os trabalhadores foram avisados pela Pró-Saúde que a organização deixará o hospital no dia 22 deste mês.

Além de ingressar com a ação, o Sindicato dos Médicos vai procurar o Ministério Público do Trabalho para garantir que não haja demissões irregulares. Ingressará ainda na Justiça do Trabalho, a fim de garantir que salários atrasados sejam pagos.

 

Em nota, a organização declarou ter solicitado, em 21 de julho, que a Secretaria de Saúde reassumisse o hospital. Segundo seu site oficial, a Pró-Saúde administra outras cinco unidades estaduais no Rio, entre elas o Instituto Estadual do Cérebro e o Hospital Getúlio Vargas.

 

 

O presidente do Sindicato dos Médicos, Jorge Darze acusa a organização de ameaçar sair da unidade para pressionar o governo por pagamentos atrasados:

“Ela (a Pró-Saúde) está fazendo terrorismo para obrigar o governo a pagar o que é devido, o que é lamentável. A primeira providência que vamos tomar é informar o MP do trabalho. Estamos chamando a empresa para tomarmos ciência das razões que levaram a essa decisão. Para nós, essa decisão é um escândalo. Isso ameaça o futuro das pessoas. Alguns integrantes do estado que atuam junto ao hospital também dizem que a OS costuma usar a possibilidade de interromper serviços como forma de pressionar por pagamentos”.

 

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