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24/02/2015     nenhum comentário

Prefeito alagoano determina auditoria urgente em hospital regional

Organização social de saúde IPAS deixou faltar o básico no hospital, que também sofre com falta de profissionais, erros médicos e muita reclamação.

A terceirização no município do sertão alagoano de Santana do Ipanema começou a fazer água. No Hospital Regional Dr. Clodolfo Rodrigues de Melo (HCRM), gerido pela organização social de saúde IPAS –  Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde, a gestão só piorou e as queixas da população chegaram ao ápice depois que uma criança morreu por suposto erro médico.  O menino tinha dengue hemorrágica e faleceu após o médico operá-lo de apendicite. A morte do garoto motivou a Câmara de Vereadores a convocar uma audiência pública para tratar do caso. Outras denúncias estão sendo investigadas.

E não é só isso. A OSS, que recebe mensalmente cerca de R$ 3,2 milhões de reais dos cofres municipais mais R$ 1 milhão do governo estadual é acusada de deixar faltar o básico. Segundo denúncia do jornal Sertão 24 horas, falta de remédio, papel higiênico, fraldas descartável e médicos. O TRT também multou o IPAS pelo o excesso da carga horária dos servidores e pelo último pagamento de salário ter sido feito com mais de um mês de atraso e parcelado em duas vezes. Segundo o Sertão 24 horas, os problemas da gestão vêm acontecendo há muito tempo.

Enquanto os gestores afirmam que não existe falha no atendimento, os usuário e trabalhadores sofrem com a falta de estrutura. Já o Conselho Municipal de Saúde não vem dando publicidade as ações do hospital para a população do município.

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Pressionado pelos munícipes, que diariamente exigem providência nos meios de comunicação locais, o prefeito do município de Santana do Ipanema, Mário Silva (na foto à direita, ao lado do diretor do hospital, Marcos Calderon), foi obrigado a agir. Ele anunciou a contratação, em regime de urgência, de uma empresa para realização de auditoria na administração dos recursos repassados ao IPAS.

A empresa contratada é a Controle – Auditores Independentes (EPP) e deverá fazer um levantamento de todas as aplicações dos recursos públicos designados à unidade hospitalar. O resultado sairá no mês de junho, quando será encerrado o contrato com o IPAS e será aberta uma nova licitação para entrada de outra OSS.

Problemas devem continuar

Os históricos de outros municípios por onde mais de uma OS passou mostra que apenas trocar de empresa para gerir os serviços públicos não resolve. Pior: aprofunda os prejuízos. Os problemas vão ficando ainda maiores e são carregados como uma bola de neve através dos governos. As unidades ficam sucateadas, os servidores públicos são desmoralizados e os terceirizados sofrem igualmente com calotes e assédio moral. Fica muito mais difícil depois resgatar a qualidade no atendimento e o equilíbrio nas finanças.

Em Santos esse ciclo está prestes a começar, já que o prefeito Paulo Alexandre Barbosa e os seus amigos vereadores prepararam todo o terreno, aprovando as leis que autorizam as OSs e Oscips na administração. Não se todos os munícipes e trabalhadores resistirem!

Diga não às OSSs! Saiba mais sobre o Projeto Ataque aos Cofres Públicos

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