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01/06/2021     nenhum comentário

POLÍCIA INVESTIGA ENFERMEIRO SUSPEITO DE MOLESTAR PACIENTE EM HOSPITAL GERIDO PELA FUABC

Caso teria ocorrido nas dependências do Hospital de Clínicas Dr. Radmés Nardini, em Mauá; não é a primeira vez em unidades gerenciadas pela OS

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Imagine que sua filha precise de internação hospitalar e no momento em que está mais fragilizada ser vítima de abuso sexual de um funcionário que deveria estar no local para cuidar dos pacientes.

Uma denúncia deste teor está sendo investigada pela Polícia Civil de São Paulo. O caso envolve um técnico de enfermagem, de 26 anos, que teria abusado sexualmente de uma paciente, de 21 anos, nas dependências do Hospital de Clínicas Dr. Radmés Nardini, na cidade de Mauá.

A Fundação do ABC, responsável pelo gerenciamento dessa unidade de saúde na cidade, confirmou que no dia 14 de maio o pai de uma paciente internada no Hospital Nardini entrou em contato com a Ouvidoria do Hospital informando que a filha havia sido molestada durante o banho por um técnico de enfermagem.

O funcionário, que foi levado à polícia para prestar esclarecimentos, negou o abuso e afirmou ter explicado à paciente sobre o procedimento do banho.

A FUABC informou que ele foi demitido, em função de quebra de protocolos assistenciais internos.  Ainda de acordo com a entidade, a paciente recebeu todos os cuidados necessários no Hospital Nardini, além de estar sendo acolhida pelas equipes de Assistência Social e de Psicologia. A Polícia não revelou a identidade dos envolvidos, uma vez que o caso caminha em segredo de Justiça.

Outros casos

Esta não é a primeira vez que pacientes denunciam abuso sexual em dependências de unidades de saúde geridas pela organização social. Na UPA Central de Santos um caso semelhante ocorreu em 2017. Nós noticiamos (veja aqui)

Na época uma paciente de 43 anos acusou um funcionário terceirizado da Fundação do ABC de tê-la molestado. Ele era técnico de gesso e teria cometido o crime no fim da tarde, durante atendimento.

Na polícia ela relatou que o funcionário trancou a porta da sala para colocar um colar cervical nela, mas, em vez disso, abaixou a blusa e apalpou os seios da paciente.

Ela conseguiu fugir e o homem ainda correu atrás dela, mostrando fotos de sua família e dizendo que por causa de uma, todas pagam.

A polícia foi chamada para atender a ocorrência, mas testemunhas contam que o funcionário da Organização Social contratada pela Prefeitura conseguiu fugir antes, pela garagem da UPA.

Ele foi indiciado por violação sexual mediante fraude. Sua identidade não foi revelada. Ele ainda não foi conduzido à delegacia. Policiais foram até o seu endereço, mas ele não foi localizado.

O caso é extremamente grave, já que a vítima não obteve chance de defesa, pelo fato de ele tê-la trancado na sala da unidade. Ele pode pegar de 2 a 6 anos de detenção.

Para a imprensa, a Prefeitura diz que acionou a Fundação do ABC para apurar os fatos. Já a OS, disse que abriria uma sindicância. Pelo jeito, não tomou medidas para prevenir esse tipo de crime. A política de contratação de funcionários costuma ser bastante frouxa, inclusive via quarteirizações.

Veja a matéria na íntegra aqui.

Reflexos da terceirização 

Esse não também não foi o primeiro caso de crimes de cunho sexual entre terceirizados contratados pela Prefeitura de Santos. Em 19 de agosto deste ano veio à tona o caso de um monitor do Programa Escola Total preso sob a acusação de pedofilia.

Ampliar cada vez mais a terceirização por meio de OSs, Oscips e OSCs, na Saúde, Educação e Cultura, é um projeto dos governos liberais que querem vender os meios de lucro com as políticas públicas em troca de apoio de potenciais financiadores de campanha. Terceirizar, além de trazer riscos à segurança da população, contribui para a piora na qualidade dos serviços.

Somente os profissionais de carreira, que estudam para ingressar no poder público e passam por rigorosos processos de seleção, têm o real compromisso com a qualidade dos serviços nas escolas, unidades de saúde, centros recreativos, centros culturais etc.

Além disso, por serem prepostos do Estado e, não, dos governos de plantão, tais profissionais não são vulneráveis ao fisiologismo político que transformam os locais de trabalho terceirizados em centros de apadrinhados políticos.

 

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