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12/09/2018     nenhum comentário

Pacientes não conseguem agendar consultas em Hospital terceirizado

Organização Social que gerencia o equipamento hospitalar para crianças, localizado em Vila Velha (ES), é alvo de constantes reclamações

heimaba-es

Já mostramos aqui no Ataque aso Cofres Públicos irregularidades e prejuízos de todo o tipo que cercam as organizações sociais (OS) contratadas para gerir atendimentos em saúde pública.

Dentre as dezenas de reflexos negativos está a dificuldade no acesso ao serviço. Não são poucos os casos em que, após a terceirização, as entidades privadas, qualificadas como OSs, passam a selecionar/priorizar casos menos complexos. Há também situações de restrição do acesso, via limitação do número de atendimentos/consultas por dia. Tudo de olho na diminuição dos custos e na potencialização de ganho econômico, ou seja, de olho no lucro.

Abaixo publicamos mais um exemplo desse tipo de irregularidade. O alerta foi publicado no portal capixaba Século Diário. Segundo o site, o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde no Espírito Santo (Sindsaúde-ES) recebeu várias denúncias de pacientes que tentam exaustivamente agendar consulta no Hospital Infantil de Vila Velha (Heimaba), mas não conseguem.

Em entrevista ao veículo, Cynara Azevedo, da Secretaria de Condições de Trabalho do Sindsaúde-ES, explicou que “o telefone divulgado está sempre ocupado. Os familiares tentam ligar em diferentes horários do dia e não conseguem. Há ainda relatos de pais e mães que foram ao hospital, porque já haviam agendado a consulta e, chegando lá, não foram atendidos, com a desculpa de que o agendamento não existia”.

Veja mais trechos da reportagem:

A sindicalista lembra que os problemas são recorrentes e já denunciados pelo sindicato. Diz que a gestão do Hospital Infantil de Vila Velha é de responsabilidade da Organização Social (OS) IGH. E, no mês de agosto passado, por falta de pagamento, os médicos da unidade de ortopedia realizaram paralisações.

Informa ainda que em agosto o sindicato denunciou a redução do número de técnicos em imobilização, o que prejudica e muito o atendimento na unidade.

O Sindsaúde-ES cobra uma solução da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), e reforça as reivindicações por melhorias na qualidade dos serviços e nas condições de trabalho no Heimaba.

Terceirização

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) contratou o Instituto de Gestão e Humanização (IGH), uma Organização Social (OS), para administrar o Hospital Estadual Infantil e Maternidade de Vila Velha (Heimaba), em agosto de 2017.

Como de costume, a promessa era melhorar o atendimento prestado aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e tornar a gestão mais eficiente. Na realidade, um mantra utilizado para justificar a drenagem de recursos públicos para empresas privadas travestidas de organizações sem fins lucrativos.

A assinatura do contrato entre a Sesa e o IGH foi formalizada em meio a diversos questionamentos tanto do edital de contratação quanto de denúncias de irregularidades que a OS enfrenta em outros estados. Mas de nada adiantou. Desde setembro de 2017, a transição foi realizada com abertura de processo seletivo para a contratação de novos funcionários.

A promessa do governo do Estado de melhorar o atendimento, no entanto, só ficou no papel. Desde que a OS IGM assumiu a gestão do Himaba, as reclamações são inúmeras, incluindo falta de medicamentos, extinção da classificação de risco (espécie de triagem para organizar o atendimento), superlotação e pacientes com doenças contagiosas sem isolamento, além das mortes de bebês na Unidade de Terapia Intensiva (Utin).

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