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06/11/2019     nenhum comentário

Pacientes e funcionários de hospitais terceirizados do Rio ficam sem refeições

Na maternidade Maria Amélia, no Centro, não há refeição nem para as mães de recém-nascidos. Refeição também parou de ser servida para quem cuida dos pacientes no CER do Centro.

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Um descalabro atinge unidades de saúde gerenciadas pela organização socialInstituto Gnosis, no Rio de Janeiro. Funcionários destas unidades que já amargavam número reduzido de médicos e falta de medicamentos e equipamentos, agora precisam lidar com a falta de comida! Em alguns casos, até os pacientes estão sem refeições.

Conforme apurado pelo site G1, na maternidade Maria Amélia, no Centro, não há refeição nem para as mães de recém-nascidos.

Funcionários contam que a refeição também parou de ser servida para quem cuida dos pacientes no Centro de Emergência Regional do Centro.

Quem trabalha no CER disse que todos os dias são servidas duas refeições – café da manhã e almoço. Mas, como ontem não teve nada, eles tiveram que comer no Hospital Souza Aguiar.

Como se não bastasse, os profissionais ainda enfrenta, atraso nos pagamentos.

“Primeiro foi cortado a alimentação das acompanhantes dos recém-nascidos que ficam na UTI-Neonatal, que são das mães que ficam lá, 24h sem alimentação, eles também impedem que a alimentação entre, para as mães se alimentarem (…). Agora, eles cortaram a alimentação dos funcionários, os funcionários foram trabalhar hoje de manhã, não tinha nem café”, disse um dos trabalhadores, que pediu para não ser identificado.

As carências de sempre permanecem: “Falta de fralda, seringa, de tudo que possa imaginar, reutilizamos materiais, setores estão sendo fechados, emergências, às vezes, não atendem, porque não tem médico, porque os médicos estão se recusando a ir, por falta de pagamento”, detalha o profissional.

Em denúncias publicadas na imprensa no mês de setembro, mães afirmavam que materiais descartáveis, como seringas, começaram a ser reutilizados.

A Organização Social Instituto Gnosis ainda informou que desde segunda-feira (4) serviços como raio x e limpeza foram suspensos. A entidade alega que todos os problemas são decorrentes do atraso dos repasses contratuais por parte da Prefeitura. A empresa fornecedora das refeições, por exemplo, está sem receber há quatro meses. Por isso, desde domingo (3) as refeições foram suspensas.

O Governo do Rio de Janeiro por anos abusou da terceirização irresponsável da saúde para organizações sociais, com descontrole enorme de gastos e ausência total de fiscalização. Foram anos de drenagem dos recursos públicos, inclusive em contratos que depois ficaram notabilizados pela prática de diversos ilícitos. Hoje o setor está na penúria. A maior parte da rede de saúde está entregue às empresas em um modelo de gestão que só aprofunda mais e mais o rombo nas finanças do SUS.

 

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