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10/03/2020     nenhum comentário

OSs na Paraíba: Radialista é preso em nova fase da ‘Calvário’ suspeito de extorsão de investigados

Auditor do TCE-PB também está sendo investigado, apontado por dificultar as investigações das contas das OSs no Estado, em troca de propina de R$ 200 mil

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São cada vez mais surpreendentes os desdobramentos da Operação Calvário, na Paraíba, que desde dezembro de 2018 tenta desarticular uma organização criminosa infiltrada na organização social (OS) Cruz Vermelha Brasileira, filial do Rio Grande do Sul, além de outros órgãos governamentais. A operação teve oito fases, resultando na prisão de empresários, servidores e ex-servidores de alto escalão na estruturado governo da Paraíba.

Nesta terça (10), os portais de notícia amanheceram dando destaque à 8ª fase da Calvário, com direito a prisão de um radialista. Fabiano Gomes foi preso em João Pessoa porque estaria atrapalhando as investigações, solicitando dinheiro aos investigados para não divulgar informações sigilosas.

Um auditor também é investigado, acusado de receber propina de R$ 200 mil. Além disso, mais nove mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos na capital paraibana e na cidade de Bananeiras, no mesmo Estado.

Nesta nova etapa, os policiais apuram suposta lavagem de dinheiro de recursos desviados de organizações sociais da área da saúde, por meio de jogos de apostas autorizados pela Loteria do Estado da Paraíba (Lotep).

A defesa do radialista Fabiano Gomes ainda não teve acesso a decisão do desembargador do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, Ricardo Vital, mas acompanha a busca e apreensão e a prisão temporária. Segundo afirmações dos advogados ao site G1, “Fabiano até então não era investigado, citado ou sequer foi ouvido antes pelo Gaeco na Operação Calvário, a quem sempre se colocou e novamente se coloca à disposição para todo e qualquer esclarecimento”.

TCE-SP em xeque

De acordo com as investigações, parte dos recursos teriam sido desviados com a participação de um auditor do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB). Ele teria recebido uma valor para atrapalhar a fiscalização nas organizações sociais.

Ao todo, 55 policiais federais e cinco auditores da Controladoria Geral da União participaram do cumprimento dos mandados, que aconteceram nas residências dos investigados e no Tribunal de Contas do Estado da Paraíba.

Escândalo completa 15 meses

A investigação começou em dezembro de 2018 e aponta que a organização criminosa teve acesso a mais de R$ 1,1 bilhão em recursos públicos, para a gestão de unidades de saúde em várias unidades da federação, no período entre julho de 2011 até dezembro de 2018.

Na sétima fase, o governador da Paraíba, João Azevêdo (sem partido), e o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), se tornaram alvos, no dia 17 de dezembro de 2019. Um mandado de prisão foi expedido contra o ex-governador. Em relação ao atual governador, houve somente mandados de busca e apreensão, determinados para o palácio de governo e para a residência oficial.

Também foram expedidos mandados de prisão contra a deputada estadual Estela Bezerra (PSB) e a prefeita do município paraibano de Conde, Márcia Lucena (PSB). Ao todo, a “Operação Calvário – Juízo Final” expediu 17 mandados de prisão preventiva e 54 de busca e apreensão.

O ex-governador Ricardo Coutinho foi preso no fim da noite do dia 19 de dezembro de 2019 e teve a prisão preventiva mantida no dia 20 de dezembro após audiência de custódia. Ele foi encaminhado para a Penitenciária de Segurança Média Juiz Hitler Cantalice, no bairro de Mangabeira, na capital paraibana, onde também foram os demais presos na sétima fase da Operação Calvário com prerrogativa de prisão especial. Ele deixou o presídio no dia 21 de dezembro de 2019.

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