Organização social deixa trabalhadores sem salário e ambulâncias sem combustível

O início da semana foi aflitivo para gestantes em trabalho de parto do Rio de Janeiro. Ao menos 12 ambulâncias do programa Cegonha Carioca, responsáveis por socorrer mulheres em trabalho de parto, deixaram de socorrer as pacientes desde segunda (7), por falta de combustível.

Mas o problema já começou a ser sentido antes, desde quinta-feira passada (3), quando 4 veículos ficaram totalmente desabastecidos.

E não é só isso. Os trabalhadores do programa também sofrem, pois estão com salários atrasados.

As ambulâncias paralisadas por falta de diesel atuam na região de Bangu e Campo Grande, na Zona Oeste.

O descaso foi denunciado por trabalhadores que foram informados que a OS CEP 28 está recebendo com atraso os repasses da Prefeitura do Rio.

A situação é tão crítica que, segundo os funcionários, os terceirizados responsáveis pelo transporte de bolsas de sangue, tiram dinheiro de seus próprios bolsos para abastecer os veículos para poderem trabalhar.

Mais um retrato do que significa a entrega de hospitais e serviços para as entidades privadas, qualificadas como OSs: desmonte brutal dos serviços de saúde e precarização dos vínculos de trabalho, com terceirização, baixos salários, menos direitos, calotes etc. Tudo em nome do lucro de alguns grupos econômicos atrelados a grupos políticos que apostam no estado mínimo.