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19/10/2020     nenhum comentário

MAU ATENDIMENTO EM HOSPITAL TERCEIRIZADO EM CUBATÃO É DESTAQUE NA IMPRENSA

Falta de profissionais, demora para atendimento e serviço precário foram algumas das críticas dos munícipes

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Gerido pela organização social Fundação São Francisco Xavier (FSFX), o Hospital Municipal de Cubatão foi citado em reportagem do portal de notícias G1 pela má qualidade do serviço.

Aliás, a saúde como um todo foi criticada na matéria. Cubatão é uma das cidades da Baixada Santista com maior índice de terceirização dos serviços para organizações sociais.

Veja abaixo a reportagem, publicada no último dia 17, ou clique aqui para ver direto na página:

Moradores pedem melhorias no atendimento do Hospital Municipal de Cubatão, SP

Cidade conta, atualmente, com um hospital municipal, localizado no bairro Vila Santa Rosa.

Por Liliane Souza, G1 Santos

Em Cubatão (SP), a saúde pública está entre as áreas que precisam ser priorizadas pela próxima gestão a administrar a cidade. De acordo com moradores ouvidos pelo G1, que utilizam a rede pública de saúde, é preciso investir mais no setor para que a população possa ser atendida com mais rapidez.

A cidade conta, atualmente, com um hospital municipal, localizado no bairro Vila Santa Rosa. Ele é administrado pela organização social Fundação São Francisco Xavier desde 2017.

Para o auxiliar técnico de planejamento Wesley José dos Santos, de 42 anos, a estrutura do hospital é boa, mas o atendimento precisa ser melhorado.

“Deveria ter muito mais profissionais da saúde, como médicos e enfermeiros, além de equipes dos serviços de limpeza e arrumação do hospital”, diz Wesley, que está entre os moradores da cidade que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS).

Para ele, é preciso mais investimento na área da saúde. “Há alguns anos, nós, munícipes de Cubatão, estamos sofrendo com um sistema de saúde precário e abandonado pelos seus gestores”, lamenta.

Também morador da cidade, o jornalista Matheus Catira de Lima, de 25 anos, pontua que a demora no atendimento do hospital costuma ser maior em determinados setores, como, por exemplo, no raio-X.

Em sua visão, é preciso haver melhorias no atendimento e na estrutura dos equipamentos hospitalares. “Espero que tenham mais seriedade e atenção nessa parte. Toda a população espera isso”, afirma.

O eletricista Anderson Cova Feliciano, de 34 anos, também pede mais investimentos, para que o hospital ofereça um atendimento mais rápido. “Acho que pacientes com certas doenças não podem esperar vários dias, até meses, para marcar uma consulta ou exame. O que eu espero da próxima gestão é que consigam atender melhor a população, e em menos tempo”.

Na época em que o hospital estava para ser privatizado, em 2017, o Ataque aos Cofres Público fez uma série de reportagens mostrando os riscos que esse modelo de gestão caro e pouco transparente representava.

Veja abaixo algumas destas matérias:

FUNDAÇÃO SÃO FRANCISCO XAVIER (A OS DA USIMINAS) PROTAGONIZA ESCÂNDALO ENVOLVENDO LAVAGEM DE DINHEIRO

FALTAM VAGAS DE UTI NO HOSPITAL DE CUBATÃO… É O QUE OCORRE QUANDO O SUS VIRA UM NEGÓCIO

CEI investigará mau atendimento, denúncias de falhas e falta de funcionários no Hospital de Cubatão

OS ligada à Usiminas recebe enxurrada de queixas sobre Hospital de Cubatão

Hospital de Cubatão vai ter médicos quarteirizados em sistema PJ

Ademário vai gastar R$ 2,3 milhões a mais com a entrega do Hospital de Cubatão para OS

Fundação escolhida para assumir Hospital de Cubatão quis desamparar 11 mil aposentados da antiga Cosipa

Os males da Terceirização

Os contratos de terceirização ou concessão na Saúde e demais áreas, por meio de organizações sociais (OSs) ou via organizações da sociedade civil (OSCs), são grandes oportunidades para falcatruas.

Seja por meio de fraudes trabalhistas e precarização das condições de trabalho, seja pelo encontro de intenções entre administradores dispostos a se corromper e prestadores que montam organizações de fachada para estruturar esquemas de ganhos ilegais para ambas as partes.

As fraudes proliferam pela existência de corruptos e corruptores, em comunhão de objetivos, mas também pela facilidade que esta modalidade administrativa propicia para a roubalheira. Gestões compartilhadas com OSs e termos de parceria com OSCs não exigem licitações para compras de insumos. As contratações de pessoal também tem critérios frouxos, favorecendo o apadrinhamento político.

A corrupção, seja de que tipo for, é duplamente criminosa, tanto pelo desvio de recursos públicos já escassos quanto pela desestruturação de serviços essenciais como o da saúde, fragilizando o atendimento da população em pleno período de emergência sanitária.

Todos estes anos de subfinanciamento do SUS, de desmantelamento dos demais direitos sociais, de aumento da exploração, acirramento da crise social, econômica e sanitária são reflexos de um modo de produção que visa apenas obter lucros e rentabilidade para os capitais. Mercantiliza, precariza e descarta a vida humana, sobretudo dos trabalhadores. O modelo de gestão da Saúde por meio das Organizações Sociais é uma importante peça desta lógica nefasta e por isso deve ser combatido.

Não à Terceirização e Privatização da Saúde Pública! Em defesa do SUS 100% Estatal e de Qualidade!

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