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05/04/2022     nenhum comentário

HOSPITAL TERCEIRIZADO EM POÁ DEMORA PARA SOCORRER INFARTADO E ELE MORRE

Vídeo mostra funcionário fechando a porta do Hospital; família acusa OS de negligência, enquanto Governo fala em falta de cadeira de rodas

suman (7)

Um vídeo registrou o momento em que um homem, de 50 anos, aguarda liberação para ser atendido no Pronto Atendimento Municipal Guido Guida, em Poá, no dia 19 de março, mas a porta da recepção é mantida fechada. A vítima morreu quatro horas depois, após ter sofrido um infarto e uma parada cardiorrespiratória.

Jenivaldo Guedes de 50 anos faleceu por volta das 17h30. O quadro teria se agravado após a demora de mais de 20 minutos para funcionários providenciarem uma cadeira de rodas, segundo familiares e amigos que socorreram o homem após passar mal em um hospital no bairro próximo

A Prefeitura de Poá diz que todas as cadeiras estavam ocupadas e que problema foi resolvido minutos depois, mas que irá apurar os fatos. Já o Instituto Alpha de Medicina para Saúde, a organização social contratada para gerenciar a unidade, disse que todos os esforços foram feitos para salvar o paciente.

Imagens mostram que quando a vítima chegou levada pelos familiares à unidade de saúde houve discussão para liberar uma cadeira de rodas para o socorro. O vídeo, que circula nas redes sociais, mostra que um funcionário mantinha a porta da recepção fechada, enquanto várias pessoas reclamavam da demora no atendimento. Veja abaixo:

Jailton Conceição Santos, genro do paciente que morreu, falou ao G1 sobre sua indignação com a situação. “Dele não ter tido socorro no momento que mais precisava. O guarda ficou na porta e só deixava fazer a ficha, não deixava a gente entrar de jeito nenhum para ele ser socorrido. Só para fazer a ficha primeiro para socorrer ele.”

A Prefeitura alega que a morte não tem relação com o problema da cadeira de rodas, mas que, mesmo assim, o município e a empresa responsável pela unidade de saúde estão apurando os fatos e a postura dos funcionários envolvidos no atendimento.

Em reportagem feita pela TV Diário, a Prefeitura de Poá foi questionada sobre o protocolo de emergência quando não há cadeiras de rodas disponíveis. Também foi questionada se há outra forma de prestar atendimento nesses casos.

A Prefeitura disse que, em situações como essa, o procedimento correto é a utilização de uma maca e que, nesse caso, não foi necessário porque houve a liberação de uma das cadeiras em poucos minutos.

O município informou também que a unidade conta com seis cadeiras de rodas, número considerado suficiente, uma vez que é raro todas estarem em uso ao mesmo tempo.

Por fim, disse que a conduta do controlador de porta está sendo avaliada pela Secretaria e pela OSS e que, se necessário, tomarão as devidas providências junto à empresa contratada para o serviço. Dias depois do ocorrido, o funcionário foi afastado e a OS continuou no contrato de prestação de serviços.

A família da vítima informou disse na reportagem que registraria um boletim de ocorrência sobre a demora no atendimento.

Intervenção

No último dia 21, o vereador poaense Saul Souza (AVANTE), o Dr Saul Souza, encaminhou à Diretoria Regional de Saúde, órgão da Secretaria Estadual de Saúde, um ofício denunciando irregularidades em diversos pontos da gestão de Márcia Bin (PSDB) na Saúde.

De acordo com o parlamentar, a situação do município em relação à saúde tem piorado cada vez mais nos últimos meses. O maior exemplo, segundo o próprio, foi a morte de uma pessoa na porta do Guido Guida, por falta de atendimento decorrente da desorganização causada pela recente mudança no comando do hospital, cuja gestão foi assumida pela OSS (Organização Social de Saúde) Instituto Alpha.

“Desde o início da administração nós não temos visto nenhum avanço na parte da saúde, pelo contrário, só retrocessos”, disse Dr Saul Souza ao comentar sobre a chamada reestruturação da saúde promovida por Márcia Bin.

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