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08/02/2021     nenhum comentário

FUNDAÇÃO DO ABC EMPREGA CINCO PESSOAS DA MESMA FAMÍLIA

Cabide de empregos e nepotismo consome quase R$ 70 mil por mês, diz jornal

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As organizações sociais (OSs) são instrumentos utilizados para diversos fins escusos. Um deles é o apadrinhamento político, por meio da oferta de cargos, sempre sem concurso público ou qualquer outro meio transparente de seleção.

Não é de hoje que a OS Fundação do ABC abusa impunemente da prática imoral e ilegal. A empresa foi alvo de reportagens sobre o assunto há quatro anos. Em matéria do Diário do Grande ABC, ficou comprovado que parentes do gerente jurídico da empresa consomem alta soma mensal da folha de pagamento. O jornal voltou a falar do assunto, em reportagem que transcrevemos na íntregra abaixo. Para ler diretamente na página, clique aqui.

 

FUABC mantém cinco da mesma família empregados

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC

Quase quatro anos depois de o Diário mostrar que uma mesma família emprega cinco pessoas nos quadros da FUABC (Fundação do ABC), o cenário se mantém. Familiares do gerente jurídico da entidade, Sandro Tavares, ocupam funções no organograma da instituição, com salários somados em R$ 69 mil brutos por mês – a maior parte ingressou sem concurso.

Tavares tem contracheque de R$ 20.636,01, conforme o Portal da Transparência da Fundação. Seu sogro é Gilberto Palma, diretor do AME (Ambulatório Médico de Especialidades) de Santo André, com vencimento de R$ 21.466.

Tatyana Mara Palma Tavares, filha de Gilberto, é mulher de Sandro Tavares. É diretora jurídica, com ganhos de R$ 10.681,72. Sua irmã, Tassy Mara Palma Episcopo, também diretora executiva jurídica, mas com salário de R$ 11.841,18.

O quinto elemento da família que figura nos quadros da FUABC é Alessandra de Mara Palma. Ela é médica plantonista no Centro de Saúde Dr. Manoel Augusto Pirajá da Silva, de São Caetano, e tem salário-base de R$ 4.377,78. Alessandra também é filha de Gilberto Palma – e, portanto, cunhada de Sandro Tavares.

O cenário vai de encontro com o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinado pela direção da Fundação e o Ministério Público, com objetivo de adoção de boas práticas de gestão pública. O artigo 8º do acordo diz que “na composição dos órgãos de deliberação e direção da FUABC, serão observadas as regras que vedam o nepotismo, resguardada a ampla defesa”.

No mesmo documento, em seu parágrafo único do artigo 3º, a FUABC se comprometeu, dentro do programa de compliance, adotar “conjunto de mecanismos e procedimentos internos” com incentivo à denúncia de irregularidades e na “aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta”.

Em maio de 2017, o Diário mostrou a situação em meio à série de reportagens que retratavam como a instituição estava inchada em número de servidores, pagava altos salários a seus colaboradores e escondia os dados, a despeito de ser uma instituição mantida com recursos públicos.

À ocasião, a presidente da Fundação era Maria Bernadette Zambotto Vianna, indicação de Santo André. A promessa era aumentar a transparência sobre os dados e exonerar funcionários da mesma família. O processo de desligamento teria começado em junho de 2017, conforme relatou a entidade ao Diário naquele período.

“As mudanças ainda estão em curso e pretendem reduzir custos com a folha de pagamento e a partir da melhoria de processos internos, modernização da gestão e otimização da estrutura organizacional”, disse a FUABC, à época.

Desta vez, o discurso mudou. A Fundação avisou que nunca houve a demissão desses funcionários, que são retratados pela entidade como “quadros técnicos, com formação em medicina ou direito”.

A OS Fundação do ABC é a empresa que comanda a UPA Central de Santos. São inúmeras as denúncias de suspeitas de mau feitos e de casos de negligência e ineficiência envolvendo a entidade na Baixada Santista e nas cidades do ABC Paulista.

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