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17/11/2020     nenhum comentário

FUNCIONÁRIOS TERCEIRIZADOS DA SAÚDE DE IBIÚNA ESTÃO SEM RECEBER

Calote contra os funcionários já dura três meses

ibiuna

Em plena pandemia, os funcionários de Postos de Saúde localizados na área rural de Ibiúna estão há meses sem receber seus salários. Os postos da região são administrados pela Organização Social Associação de Amigos em Defesa da Vida (ADEV) e os problemas com os salários começaram em agosto, se estendendo desde então.

Nestes quatro meses o único pagamento ocorreu em outubro, porém os salários relativos a agosto, setembro e novembro continuam atrasados, causando extrema preocupação nos funcionários dos postos, que têm seus compromissos a cumprir e veem as contas se acumulando sem poder fazer nada a respeito.

A expectativa era de que parte dos pagamentos fosse acertada no início de novembro, porém a mesma não ocorreu.

De acordo com denúncia de uma das funcionárias, há profissionais que receberam pouco mais de R$ 250,00 apenas.

Segundo informações dos funcionários, a falta de pagamento ocorre devido à ausência de repasses vindos da Prefeitura Municipal e que deveria ser passado à ADEV. Mas essa informação não foi oficializada. Seja como for, sempre que serviços públicos são terceirizados ao invés de serem realizados por servidores concursados, o risco de calotes por falta de pagamento é maior.

A OS informou que o assunto está sendo tratado no Ministério Público do Trabalho de Barueri.

Funcionários informaram à imprensa local que após audiência realizada no Ministério Público do Trabalho, entre representantes do Sindicato dos Enfermeiros, da ADEV e da Prefeitura, ficou estabelecido que a administração municipal realizaria o repasse referente a agosto na última sexta-feira (13) e o repasse referente a setembro no dia 30 de novembro, cabendo a organização social realizar os pagamentos assim que a verba estiver disponível.

NÃO ÀS OSs E À TERCEIRIZAÇÃO!

Disfarçadas sob uma expressão que esconde sua verdadeira natureza, as OSs não passam de empresas privadas, que substituem a administração pública e a contratação de profissionais pelo Estado. Várias possuem histórico de investigações e processos envolvendo fraudes, desvios e outros tipos de crimes.

No setor da saúde, essas “entidades”, quando não são instrumentos para corrupção com dinheiro público, servem como puro mecanismo para a terceirização dos serviços, o que resulta invariavelmente na redução dos salários e de direitos. No meio desta pandemia, além do medo de se contaminar e contaminar assim os seus familiares, profissionais da saúde enfrentam também a oferta despudorada de baixos salários e falta de estrutura de trabalho, o que contrasta com a importância da atuação deles no combate ao COVID-19.

É evidente que o saldo para a sociedade é a má qualidade do atendimento, o desmonte do SUS e, pior ainda: o risco às vidas.

Todos estes anos de subfinanciamento do SUS, de desmantelamento dos demais direitos sociais, de aumento da exploração, acirramento da crise social, econômica e sanitária são reflexos de um modo de produção que visa apenas obter lucros e rentabilidade para os capitais. Mercantiliza, precariza e descarta a vida humana, sobretudo dos trabalhadores. O modelo de gestão da Saúde por meio das Organizações Sociais é uma importante peça desta lógica nefasta e por isso deve ser combatido.

Não à Terceirização e Privatização da Saúde Pública! Em defesa do SUS 100% Estatal e de Qualidade!

 

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