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01/04/2020     nenhum comentário

Funcionário da UPA da ZN, suplente de vereador denuncia demissão por retaliação política

Ele era contratado da SPDM, organização social contratada pelo Governo de Santos, apesar do histórico de problemas

upaznnn

Nota publicada na Coluna Dia a Dia, do Jornal A Tribuna, nesta quarta (1º), ilustra bem como a terceirização pode servir como meio de aparelhamento político em Santos.

João Neri, que é técnico de Raio X da UPA da Zona Noroeste e também suplente de vereador pelo PSD, foi demitido de uma hora para outra pela organização social gestora da unidade, a SPDM.

O ex-funcionário diz que a demissão ocorreu dias depois de um assessor próximo do prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) ter ligado para perguntar para Neri se era verdade que ele estava saindo do PSD (que é base de apoio do Governo) para se filiar ao DEM, partido pelo qual pretende disputar uma vaga no parlamento nas próximas eleições.

Neri confirmou. A ligação ocorreu na semana passada e na última segunda (30), o técnico de raios x foi demitido. Ele afirma ter informações de que trata-se de uma retaliação política, pelo fato de ter ido para fora do campo de forças políticas que dão sustentação ao prefeito.

Se as OSs são usadas como instrumento de retaliação, certamente também servem de abrigo para apadrinhados políticos dos governos de plantão. Os funcionários são terceirizados e não precisam fazer concurso público para trabalhar na unidade, que é mantida com dinheiro público.

Não é à toa que em 2013, a maioria dos vereadores (e alguns ainda estão na Câmara) aprovou a entrada das Organizações Sociais de Saúde em Santos como determinou o Governo. Isso apesar de estarem plenamente cientes do péssimo histórico da terceirização da saúde no Brasil, recheado de escândalos, desvios de recursos, Caixa 2 e de gestões incompetentes.

Não importa se na Zona Noroeste o atendimento de urgência e emergência, antes realizado no PS anexo ao Hospital Municipal, ficou pior e com custo mais alto para o poder público. O que importava na época era dizer amém ao prefeito e viabilizar mais uma ferramenta de manobra no “toma lá dá cá” comum na política.

Enquanto isso, a SPDM segue na gestão da UPA, com qualidade do atendimento questionada pelos usuários e um repasse anual de R$ 20 milhões.

Veja abaixo a nota:

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