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28/05/2020     nenhum comentário

FUABC: 60 DIAS APÓS CIRURGIA HOMEM DESCOBRE PINÇA ESQUECIDA DENTRO DO CORPO

Prefeitura notificou a Fundação do ABC e diz que quer apuração rigorosa dos fatos

pinca

Um homem de 54 anos descobriu, no último dia 17, que uma pinça cirúrgica foi “esquecida” dentro de seu abdômen, depois de realizar um procedimento cirúrgico no Hospital Radamés Nardini.

Localizado em Mauá, na região do ABC, o hospital é gerenciado pela organização Fundação do ABC. A OS é a mesma que gerencia a UPA Central de Santos e que recentemente foi alvo de denúncia de uma mãe cuja filha, com tumor na cabeça, foi diagnosticada com uma virose na unidade.

Segundo parentes do morador de Ribeirão Pires, Irland Madeira Junior (54), em Mauá a pinça foi identificada no paciente após 60 dias de um procedimento para a realização de uma biópsia por suspeita de um tumor.

Depois da cirurgia, o paciente continuou se queixando de dores, mas por conta da pandemia, e a falta de leitos no hospital, foi encaminhado para passar a recuperação em casa.

Nesta semana, ainda com dores, ele foi até outra unidade médica para realizar uma tomografia e descobriu que uma pinça médica está dentro de seu corpo desde o primeiro procedimento. No entanto, o resultado da tomografia não saiu até hoje.

O Hospital não se manifestou sobre o ocorrido. Por sua vez, a Prefeitura de Mauá disse que analisa o caso com “profunda indignação” e que vai acionar o Conselho Regional de Medicina e a Fundação ABC, que é a responsável pela gerência do Hospital.

Abaixo a nota da Prefeitura de Mauá:

“A Prefeitura de Mauá recebeu com espanto e indignação a notícia. Iremos, por meio da Secretaria de Saúde, exigir a imediata solução do caso, assim como notificaremos a FUABC (Fundação ABC), responsável pela gestão e contratação da equipe médica, e o Hospital Nardini para apuração rigorosa dos fatos. Será aberto processo interno de investigação e o Conselho Regional de Medicina será acionado. Nos solidarizamos à família, já há contato realizado para a solução imediata do problema e manifestamos, mais uma vez, nossa profunda indignação.”

Pacientes tratados como gado

A terceirização da Saúde Pública, por meio de contratos de gestão entre o poder público e organizações sociais ou entidades privadas afins, anda lado a lado com a ineficiência e com a corrupção. Profissionais mal pagos, geralmente contratados de forma quarteirizada, com vínculos precários de trabalho atuam geralmente com sobrecarga de trabalho e sem as condições ideais para exercerem suas funções.

Mesmo diante da escalada de reclamações sobre a piora dos serviços, que inclusive ficam mais caros para o contribuinte, os governos seguem contratualizando com empresas qualificadas só no nome como entidades sem fins lucrativos. Enquanto empresários ligados a estas OSs faturam alto com recursos do SUS, milhares de pessoas recebem sobre para ter acesso a tratamentos decentes.

Em época de pandemia, dezenas destes contratos, firmados de forma emergencial e sem qualquer critério de seleção transparente, estão sendo desmascarados por sobrepreços e irregularidades de variados tipos.


Reafirmamos…

Todos estes anos de subfinanciamento do SUS, de desmantelamento dos demais direitos sociais, de aumento da exploração, acirramento da crise social, econômica e sanitária são reflexos de um modo de produção que visa apenas obter lucros e rentabilidade para os capitais. Mercantiliza, precariza e descarta a vida humana, sobretudo dos trabalhadores. O modelo de gestão da Saúde por meio das Organizações Sociais é uma importante peça desta lógica nefasta e por isso deve ser combatido.

Não à Terceirização e Privatização da Saúde Pública! Em defesa do SUS 100% Estatal e de Qualidade!

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