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06/01/2020     nenhum comentário

Esquema de OSs na Paraíba garantiu propina a deputados, diz delatora

Ex-secretária de Finanças disse em depoimento que, nas eleições de 2014, o apoio do Partido Democratas à reeleição de Ricardo Coutinho custou R$ 2 milhões

livania

Mais desdobramentos do escândalo sobre desvios de verbas da Saúde da Paraíba.

A ex-secretária de Finanças do município de João Pessoa e de Administração do Estado da Paraíba, Livânia Farias, disse em delação ao Ministério Público da Paraíba que deputados também foram beneficiados por propinas advindas do esquema de corrupção envolvendo a terceirização de serviços via organizações sociais (OSs).

As informações são do Portal T5.

A delação também mencionou o recebimento de propina pelo ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), na Granja Santana, por meio da participação de entidades privadas no esquema de corrupção com a OS Cruz Vermelha.

No depoimento, Livânia contou como era realizado o pagamento de propina em troca de apoio e financiamento de campanhas do deputado federal Efraim Filho (DEM) e dos deputados estaduais Lindolfo Pires (PODE), Edmilson Soares (PODE), Branco Mendes (PODE), Genival Matias (AVANTE), Tião Gomes (AVANTE), Nabor Wanderley (Republicanos) e Hugo Motta (PRB-PB).

Ela ainda relatou a participação do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE), Artur Cunha Lima Filho.

Entre as 11 páginas da deleção, Livânia relatou que, nas eleições de 2014, o apoio do Partido Democratas à reeleição de Ricardo Coutinho custou R$ 2 milhões e o pagamento foi feito ao deputado federal Efraim Filho.

Em outra parte da delação, Livânia cita que Zennedy Bezerra, secretário de Desenvolvimento Urbano (Sedurb) de João Pessoa teria pedido R$ 1 milhão para a campanha do candidato do PT ao senado Lucélio Cartaxo, chapa encabeçada por Ricardo, em 2014.

Ela conta que pagou R$ 300 mil em mãos, na sede do Canal 40.

Fala ainda sobre o loteamento dos cargos nos Hospitais de Trauma de João Pessoa e o Metropolitano de Santa Rita, e uma divisão de cargos de prestadores de serviço na área da Educação. A ex-secretária arma que os deputados e o governador indicavam vários nomes.

Livânia contribuiu com as investigações da Operação Calvário enquanto esteve presa entre 16 de março e 23 de abril de 2019. A prisão preventiva dela foi convertida em medidas cautelares após a delação realizada no dia 16 de abril. Ela é investigada por envolvimento no esquema, recebimento de propina e receptação.
O que as defesas dos citados dizem

Em nota, o deputado Genival Matias disse que ficou surpreso com a citação. “Confio e apoio as investigações da Operação Calvário em todas as suas fases, porém me causou surpresa a citação sem provas do meu nome em depoimento, sobre uma suposta entrega de recursos”. Ele ainda afirmou que está à disposição da Justiça: “Estou à disposição da Justiça para esclarecer quaisquer fatos e desde já disponibilizo meu sigilo bancário e fiscal. Sigo confiando na justiça e respeitando as instituições.” completou.

O deputado Tião Gomes repudiou o depoimento de Livânia: “Rechaço com veemência toda e qualquer citação inverídica que aponta recebimento de recursos ilegais por minha pessoa. Estou indignado, mas absolutamente tranquilo que a verdade será restabelecida”. Ele disse que está à disposição da Justiça e negou a troca de assuntos com o colega Edmilson Soares. “Neste momento, coloco-me inteiramente à disposição da Justiça, mesmo sabendo que meu nome não está inserido entre os investigados. Nunca tratei qualquer assunto sobre recursos com o deputado Edmilson Soares e tampouco autorizei que alguém tratasse ou recebesse valores em meu nome”.

O deputado Branco Mendes disse que “Posso andar de cabeça erguida em qualquer lugar, pois prezo por valores sagrados, pelos ensinamentos dos meus saudosos pais e, principalmente, pela admiração das minhas três filhas”. Ainda completou dizendo: “Não abaixarei a minha cabeça um minuto, pois não serão acusações irresponsáveis e mal interpretadas que macularam o maior patrimônio que conquistei na vida, que são a minha honra, seriedade e a vontade de fazer o BEM pelos paraibanos”.

Já o deputado Efraim Filho negou que tenha recebido ajuda ilegal para a campanha política. “Absolutamente nego essa ilação feita contra mim sem apresentar uma prova ou sequer uma data. As contas da minha eleição 2014 foram analisadas, julgadas e aprovadas pela justiça eleitoral”. E disse que mesmo não sendo investigado pela Operação Calvário coloca à disposição da Justiça o sigilo bancário, telefônico e fiscal.

O Portal T5 tentou entrar em contato com Zennedy Bezerra, secretário de Desenvolvimento Urbano de João Pessoa, mas as ligações não

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