Em Hospital Municipal de SP administrado por OSS sobram baratas e falta o básico

Onde falta transparência na gestão financeira até as baratas fazem a festa. É o que se pode concluir da situação do Hospital Municipal São Luiz Gonzaga, no Jaçanã, Zona Norte de São Paulo.

Uma usuária registrou no último dia 1 de janeiro, uma infestação de baratas. Em uma mesma sala, mais de 26 insetos foram encontrados. Funcionários também confirmaram o problema, relatado ao site G1.

 

Eles disseram que além da infestação de insetos, a unidade sofre com a falta de papel higiênico nos banheiros e com a ausência de cirurgião e clínico geral em diversos dias da semana.

As condições absurdas em que os usuários do SUS gerenciado de forma terceirizada são atendidos não é nenhuma surpresa para o governo municipal. Em julho do ano passado, o G1 já havia informado que no pronto-socorro adulto, no período noturno, ao menos dois dias da semana só era possível encontrar um ortopedista e um ginecologista de plantão.

Procurada pela reportagem, a OSS Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo afirma que foi feita dedetização no dia 4 de dezembro, e que a presença dos insetos é um caso isolado, provocado pelo calor e pelas chuvas de verão. A entidade garantiu que uma nova dedetização será realizada em breve.

Sobre a falta de médicos, a Irmandade alega que alguns profissionais pediram demissão nas últimas semanas e que a entidade já abriu processo para contratação de novos médicos.

Quanto à falta de papel higiênico, a instituição justificou que os insumos já foram adquiridos, porém não foram entregues. Por meio de uma nota, a OSS divulgou que contratou parte dos profissionais que eram da empresa Vivante para a realização dos serviços de limpeza e manutenção.

A Vivante foi uma das empresas quarteirizadas pela Irmandade que rescindiu o contrato de prestação de serviços ao Hospital, alegando falta de pagamento.

“A Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo informa que internalizou todas as atividades que eram de responsabilidade da empresa Vivante, como limpeza e manutenção de equipamentos. Para isso, a Instituição absorveu parte dos funcionários que foram dispensados pela terceirizada. Todos os novos funcionários já assumiram seus postos e estão trabalhando normalmente”, diz a nota.

Saiba mais sobre a crise da Santa Casa de São Paulo, gerada por ineficiência administrativa e irregularidades financeiras que, inclusive, estão sendo investigadas pelo Ministério Público.