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09/12/2019     nenhum comentário

Em fiscalização surpresa, TCE constata problemas nas UPAs e UBSs terceirizadas da Baixada

Problemas vão desde a parte estrutural até a qualidade do atendimento

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Cerca de 300 agentes do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo fizeram no último dia 26 uma vistoria surpresa em 299 hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Unidades Básicas de Saúde (UBSs) em 229 municípios paulistas.

Na Baixada Santista também teve fiscalização. Ela abrangeu unidades terceirizadas para organizações sociais (OSs). E se o objetivo da fiscalização era comparar a situação atual com a constatada em uma fiscalização realizada há cinco meses nas mesmas unidades, já dá para dizer que por aqui as coisas não mudaram muito. Várias falhas encontradas no dia 25 de junho persistem.

Foram analisados critérios como: qualidade do atendimento aos usuários; satisfação do usuário, atestada por meio de entrevistas; controle de presença de médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde; condições de armazenamento e dispensação de medicamentos; condições físicas do local (acessibilidade, limpeza, conforto, sinalização) e de equipamentos.

Curiosamente, as UPAs Central e da Zona Noroeste de Santos não passaram pela inspeção. Se assim fosse, certamente muitas falhas seriam apontadas pelos pacientes e constatadas pelos fiscais.

Além da demora de até 5 horas para obter uma consulta, as condições em que os usuários são atendidos deixam muito a desejar, em especial na unidade da Joaquim Távora, onde o prédio necessita de reparos, o mobiliário está desgastado, faltam cadeiras de rodas entre outros problemas.

FUABC

Se em Santos a organização social Fundação do ABC não passou por fiscalização, em Mogi das Cruzes, não escapou da avaliação.

No Hospital Municipal Prefeito Waldemar Costa Filho (Brás Cubas), que tem gestão terceirizada para a FUABC, a os fiscais encontraram filas no atendimento, pessoas em pé, sem ter lugar para sentar e aguardar, assim como janelas fechadas – sem ventilação natural, sem ventiladores ou ar-condicionado.

Veja no quadro um resumo dos problemas nas unidades da nossa região:

 

Pronto-Socorro Guiomar Ferreira Roebbelen (PS Central), em Cubatão

OS Instituto Alpha (gerencia parte dos médicos, enfermagem e recepção)

Entrevistados queixaram-se de demora no atendimento, triagem não eficiente, falta de organização e de espaço suficiente para administrar a medicação.

Fiscalização constatou que a falta de espaço obriga os pacientes a serem medicados na sala de espera. Havia paciente com soro na recepção.

Tempo médio de espera de 3 horas.

Fiscalização observou um caso em que o medico não encaminhou o nome da paciente para medicação, gerando atraso no atendimento

Escala da jornada de trabalho dos médicos, enfermeiros e demais profissionais não estava em local acessível.

No controle de frequência dos médicos foi constatada a realização de plantões sucessivos que ultrapassaram o limite máximo de 24 horas.

Unidade não possui AVCB dos Bombeiros e nem documentação e registros do controle de qualidade da água.

 

UPA Professor Dr. Mário Ruivo, em Cubatão

OS Associação das Crianças Excepcionais de Nova Iguaçu

 Não há atendimento preferencial para idosos e gestantes na recepção.

Não são boas as condições da sala de espera. Local está adaptado, em razão da reforma da unidade, com bancos sem encosto e sem ar condicionado.

Não há banheiros adequados para pessoas com necessidades especiais. O que tem está sem porta.

Escala da jornada de trabalho dos médicos não está em local acessível ao público.

Não há cobertura 24h com farmacêutico responsável nos períodos não contemplados pelo titular.

Foram encontrados medicamentos com prazo de validade inferior a 30 dias.

Encontrado aparelho de raio-x móvel quebrado e inutilizado há mais de 3 anos (situação inalterada em relação à inspeção anterior).

Não há AVCB, nem Certificado de Desinsetização e nem documentação de controle de qualidade da água.

 

Unidade de Pronto Atendimento Doutor Charles Antunes Bechara (UPA Samambaia), em Praia Grande

OS Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM)

Não são boas as condições da sala de espera. Condições razoáveis das cadeiras das salas de espera, ar condicionado demanda limpeza.

Um dos banheiros encontra-se interditado e os outros dois não possuem assento. Sanitário para pessoas com necessidades especiais interditado por entupimento,

Em entrevista usuários disseram que o atendimento é ruim. Mau atendimento pelo pediatra, pouca atenção aos pacientes.

AVCB vencido em processo de regularização. Certificado de Desinsetização fora do prazo de validade. Não existe documentação e registros do controle de qualidade da água.

 

Complexo Hospitalar dos Estivadores, em Santos

OS Instituto Social Hospital Alemão Oswaldo Cruz

14 médicos deveriam estar atendendo no dia. Desses, 1 médico não foi encontrado.

A escala da jornada de trabalho dos enfermeiros e demais profissionais não está em local acessível ao público.

Não foram encontrados 2 dos 19 enfermeiros relacionados no plantão.

Foram encontrados medicamentos com prazo de validade inferior a 30 dias.

No momento da inspeção pela manhã (10h30), foi identificado no livro ponto que uma das médicas, contratada como CNPJ, já havia registrado sua saída às 13h, denotando falha no controle e da fidedignidade da informação.

 

 

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