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25/05/2023     nenhum comentário

CONTRA OSs NA SAÚDE, MÉDICOS FAZEM MANIFESTAÇÃO EM TERESINA (PI)

Pelo menos quatro unidades de saúde passarão a ser geridas por organizações sociais (OS). Sindicatos e trabalhadores da saúde rechaçam a decisão do Governo e denunciam os efeitos negativos da terceirização e privatização dos serviços públicos.

UME_RS (58)

Médicos realizaram um protesto contra a transferência da administração de hospitais estaduais a entes privados, na tarde desta quinta-feira (25), em frente a Assembleia Legislativa do Piauí, em Teresina. Pela manhã, os serviços ambulatoriais foram paralisados. Somente os atendimentos de emergência e urgência foram mantidos.

O governador Rafael Fonteles (PT) informou que o processo de transferência de administração já se iniciou para pelo menos quatro unidades de saúde passarão a ser geridas por organizações sociais (OS) em Teresina, Campo Maior e Parnaíba.

Além de serem contra a mudança da administração dos hospitais, os médicos pedem a realização de concursos públicos na área de saúde.

“O Piauí é um estado muito pobre, onde mais de 80% da população depende do SUS. Nós não podemos permitir que o Governo do Estado queira entregar a saúde pública nas mãos da iniciativa privada. Quem mais vai padecer é o povo. Nós queremos também que o ingresso no serviço público seja feito mediante concurso público, como determina a lei, para evitar o “Quem Indica” e favorecimento político de alguns”, afirmou Samuel Rêgo, vice-presidente do Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi).

Os médicos farão uma nova assembleia na segunda-feira (29) para avaliar o movimento.

CONTRA TODAS AS FORMAS DE TERCEIRIZAÇÃO E PRIVATIZAÇÃO!

Terceirizar os serviços é fragilizar as políticas públicas, colocar a população em risco e desperdiçar recursos valiosos com ineficiência, má administração ou até má fé de entidades privadas.

Disfarçadas sob uma expressão que esconde sua verdadeira natureza, as organizações sociais (OSs), organizações da sociedade civil (OSCs) e oscips e não passam de empresas privadas, que substituem a administração pública e a contratação de profissionais pelo Estado. Várias possuem histórico de investigações e processos envolvendo fraudes, desvios e outros tipos de crimes.

No setor da saúde, essas “entidades”, quando não são instrumentos para corrupção com dinheiro público, servem como puro mecanismo para a terceirização dos serviços, o que resulta invariavelmente na redução dos salários e de direitos.

Embora seja mais visível na Saúde, isso ocorre em todas as áreas da administração pública, como Educação, Cultura e Assistência Social. O saldo para a sociedade é a má qualidade do atendimento, o desmonte do SUS, das demais políticas públicas e, pior ainda: o risco às vidas.

Todos estes anos de subfinanciamento do SUS e demais serviços essenciais, de desmantelamento dos direitos sociais, de aumento da exploração, acirramento da crise social, econômica e sanitária são reflexos de um modo de produção que visa apenas obter lucros e rentabilidade para os capitais. Mercantiliza, precariza e descarta a vida humana, sobretudo dos trabalhadores. O modelo de gestão por meio das Organizações Sociais e entidades afins é uma importante peça desta lógica nefasta e por isso deve ser combatido.

Não à Terceirização e Privatização dos serviços públicos!

 

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