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21/04/2020     nenhum comentário

ABSURDO: Terceirizados da SPDM no Hospital Irmã Dulce usam capa de chuva como EPI

Organização Social e Prefeitura de Praia Grande já haviam causado indignação distribuindo máscaras ultra finas para os profissionais das unidades de saúde

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É absurdo, mas real. No Hospital Irmã Dulce, gerenciado pela multi milionária organização social ficha suja SPDM, trabalhadores da saúde, que todos os dias arriscam suas vidas para cuidar de pacientes com Convid-19, são obrigados a trabalhar com capas de chuva.

No início do mês, profissionais já haviam relatado ao Ataque aos Cofres a insegurança e a pressão a que estavam sendo submetidos ao terem que usar máscaras sem qualquer tipo de filtro, ultra finas e adequadas apenas para o setor alimentício. Máscaras que não são capazes de filtrar microorganismos e de proteger contra o novo coronavírus.

Agora, nesta segunda (20), nas páginas noticiosas no Facebook e também nos portais de notícia convencionais, chegam as denúncias de que as capas de chuva passaram a ser adotadas durante o atendimento a pacientes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Irmã Dulce.

Veja o que diz um trecho da matéria do G1:

“Além das capas de chuva, inadequadas para o atendimento, os profissionais relatam que as máscaras disponibilizadas para o serviço são insuficientes e não são capazes de filtrar os microorganismos como bactérias e vírus. Entre a equipe, a sensação é de insegurança, segundo vários funcionários do hospital.

Uma das profissionais, que prefere não se identificar, conta que, apesar das diretrizes dos órgãos de saúde sobre os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), não há qualquer orientação da gestão do hospital sobre a chegada de EPIs adequados, apenas que os funcionários devem utilizar os equipamentos disponíveis na unidade.

‘Estamos coagidos e de mãos atadas. As enfermeiras tentam conseguir equipamentos melhores, mas também não têm o que fazer. A gente precisa de mais amparo. Colegas meus já ficaram doentes com a Covid-19, é muita insegurança’, desabafa.

Uma outra funcionária conta que há um profissional destacado apenas atender os pacientes com o coronavírus na ala da UTI e, apesar desse funcionários possuir a máscara N95 para o atendimento, ele é orientado a reutilizar a máscara por 30 dias. O prazo de validade do equipamento, em circunstâncias adequadas de uso, é de sete dias.

Os profissionais dizem que já denunciaram a situação aos conselhos que representam a categoria de enfermagem e medicina, mas até o momento nada de efetivo foi feito.

Já para os demais funcionários, são disponibilizadas máscaras cirúrgicas de duas camadas, insuficientes para a contenção de fluídos corporais e aerossóis. ‘O certo seriam as máscaras de três camadas, que teriam que ser trocadas a cada duas horas. Quando chegamos no plantão, recebemos duas máscaras de duas camadas para usarmos durante todo o trabalho, em 12 horas’.

‘A gente fica apreensivo com o que vai encontrar cada vez que chega para trabalhar. Como é que a gente vai cuidar da saúde do outro quando a nossa saúde está exposta? Não temos resposta, respaldo nenhum’, finaliza.

Como resposta, a Prefeitura de Praia Grande alegou o de sempre: “que vai apurar a situação junto à gestora do hospital e que país e o mundo encontram dificuldade em comprar EPIs nesse momento de pandemia”.

A OS disse à imprensa que “realiza constantemente a compra de equipamentos de proteção individual, buscando manter os estoques abastecidos e a segurança dos profissionais de saúde que atuam na unidade, fornecendo itens como Face Shield e máscaras N95, seguindo as regras de utilização por parte dos fabricantes”.

E reconhece que podem haver faltas pontuais por conta da disputa pela compra de EPIs e o desabastecimento no mercado de determinados itens.

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