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17/09/2019     nenhum comentário

Ex-funcionária de OS da Saúde denuncia atraso nos pagamentos feitos em Guarujá

Organização Social Pró-Vida não quitou benefícios e nem o salário do último mês dela no emprego

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Enquanto a saúde dos municípios for passada para a mão de empresas, este tipo de notícia continuará a ocorrer. Entidades contratadas de forma terceirizada precarizam a contratação de trabalhadores ou quarteirizam serviços.

De um jeito ou de outro, funcionários ganham pouco, não têm condições de trabalho e sofrem para receber seus direitos. Tudo isso reflete na queda da qualidade do atendimento à população.

As empresas seguem lucrando enquanto os governos deixam de fazer concursos públicos e burlam as amarras da Lei de Responsabilidade Fiscal, que limita os gastos com funcionários.

Via de regra os terceirizados tomam calotes como é o caso de uma trabalhadora da saúde de Guarujá, contratada pela organização social (OS) Pró-Vida. E ela não é a primeira. Conforme mostra a matéria do Jornal A Tribuna publicada nesta terça (17). Confira abaixo:

Ex-funcionária da Saúde relata atraso nos pagamentos feitos pela gestora em Guarujá

Segundo trabalhadora, Organização Social Pró-Vida não quitou benefícios e nem o salário do último mês dela no emprego

Uma ex-funcionária de uma Unidade de Saúde da Família (Usafa) de Guarujá, que pediu desligamento recentemente, relata que a Organização Social (OS) Pró-Vida, gestora do serviço, deixou de quitar os débitos referentes a benefícios e ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Nos últimos meses, A Tribuna On-line noticiou casos semelhantes, nos quais trabalhadores deixaram o emprego com atrasos, por exemplo, no vale-refeição e vale-alimentação.

“Vi algumas denúncias e gostaria de aproveitar o ensejo, pois ainda não recebi nada dos meus direitos. Não recebi o FGTS, o INSS, vale-alimentação, vale-transporte. E meu salário não caiu, sendo que pedi demissão no fim de agosto. Mandei mensagem para os Recursos Humanos da empresa, e ainda não há previsão de pagamento. Tenho uma criança pequena em casa e sou só eu e ela”, relatou a trabalhadora, que atuava como auxiliar de saúde bucal e pediu para não se identificar.

Ela informa que a OS deixou de pagar o vale-alimentação há nove meses. Já em relação ao vale-transporte, ela não soube precisar o tempo sem receber o benefício. Segundo a ex-funcionária, mesmo sem o pagamento, a Pró-Vida descontava os valores do vale-transporte no holerite.

“Muitas e muitas pessoas ainda não receberam e estão sem previsão. Uma vergonha, sabe? Como uma empresa que promove saúde fica assim?”, questionou a trabalhadora.

OS cita desequilíbrio financeiro

Questionada, a Pró-Vida relatou que está empenhada em resolver todas as pendências financeiras e que está aberta ao diálogo com seus colaboradores. A entidade destacou que um desequilíbrio financeiro provocou o atraso nos pagamentos de benefícios, e que um estudo está em andamento para sanar, o mais breve possível, todas as pendências.

Além disso, a OS ressaltou que os salários dos colaboradores estão devidamente quitados.

Ainda segundo a empresa, o novo contrato vigente entre a Prefeitura de Guarujá e a Organização Social Pró Vida, vigente desde fevereiro de 2019, estabeleceu uma nova metodologia para pagamentos de rescisões, provisionamentos de férias e décimos terceiros. Neste novo contrato, os valores ficam retidos em uma conta conjunta entre a prefeitura e a Pró Vida.

A direção da OS explicou que, quando há o desligamento de um colaborador, é feito o cálculo da rescisão do funcionário e, após, é enviado um ofício à Secretaria Municipal de Saúde solicitando o repasse do valor calculado, suficiente para pagar a rescisão desse funcionário.

Por fim, a OS esclareceu que, se a funcionária se desligou há cerca de um mês, a rescisão dela já foi calculada e o ofício já enviado à prefeitura solicitando o repasse para o pagamento. Assim que o repasse for feito, a Pró-Vida irá providenciar a quitação dos débitos.

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