Médicos de OSs que atuam em Clínicas da Família cruzam os braços e pedem fechamento de unidades
Nova gestora reduziu salários em 30% e equipes estão sobrecarregadas
Médicos vinculados a empresa gestora de unidades municipais de saúde da Família da Zona Oeste do Rio perderam a paciência e resolveram reagir à escalada da exploração da categoria pelas organizações sociais na saúde.
Mais de 200 médicos pararam de trabalhar e ainda assinaram um termo pedindo o fechamento de cinco Clínicas da Família na Zona Oeste do Rio.
Conforme explicou o Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, os profissionais cruzaram os braços como resposta às novas medidas de gestão executadas pela Secretaria Municipal de Saúde, entre elas a redução salarial de 30%.
A entidade sindical e os médicos denunciam que os profissionais não-médicos estão sendo pressionados a realizar determinados procedimentos de responsabilidade médica, colocando riscos à população. Estão sem médicos as Clínicas da Família de Realengo, Bangu, Vila Kennedy, Santíssimo e Padre Miguel.
A Organização Social Instituto de Psicologia Clínica, Educacional e Profissional (IPCEP) assumiu as Clínicas da Família de Realengo, Bangu, Campo Grande e Guaratiba, no lugar da OS Iabas, no dia 8 de julho. A partir de então, médicos, enfermeiros, farmacêuticos e dentistas que continuaram trabalhando nessas clínicas tiveram redução de salário em cerca de 30%. Esta foi a gota d’água, mas a situação vinha ruim antes.
Desde o início do processo de desqualificação da OS Iabas, o atendimento nessas unidades piorou.