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21/11/2018     nenhum comentário

Witzel nomeia secretário advogado de empresário citado na Lava Jato e em esquema de OS

O advogado Lucas Tristão defende a empresa da família Peixoto em ações contra o governo estadual. Empresário foi citado pela Lava Jato, por pagar propinas para beneficiar Organizações Sociais de Saúde.

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Matéria do portal de notícias G1 mostra que as redes obscuras que ligam empresas e os cofres públicos por meio da terceirização se manterão no Rio de Janeiro, no próximo mandato do Governo do Estado.

No último dia 13, o governador eleito Wilson Witzel anunciou que o advogado Lucas Tristão será o titular da pasta de Desenvolvimento Econômico e Geração de Emprego e Renda. Tristão é advogado do empresário Mário Peixoto, investigado pela força-tarefa da Lava Jato no RJ.

E que mais detalhes nebulosos existem no histórico de Peixoto, cliente do futuro secretário? Sua família é proprietária da Atrio Rio Service Tecnologia e Serviços Ltda, que recebeu do Estado do Rio mais de R$ 60 milhões em contratos.

Em um processo que ainda corre na Justiça do Rio, Tristão defende a Atrio contra o próprio governo estadual.

O conflito é semelhante ao de Adriana Ancelmo, ex-primeira-dama do Rio de Janeiro. A mulher do ex-governador Sérgio Cabral atendia em seu escritório de advocacia grandes fornecedores do estado.

Segundo o G1, a Operação Lava Jato descobriu que contratos do escritório de advocacia com esses fornecedores serviam para camuflar a propina paga ao então governador.  A reportagem ressalta que Mário Peixoto não foi alvo da Lava Jato mas já foi citado em delações.

Organizações Sociais teriam sido favorecidas

O filho do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado, Jonas Lopes Neto afirmou que recebeu uma mesada do empresário, que é cliente de Tristão.

Foram cerca de R$ 200 mil por mês entregues entre 2012 e 2013 para favorecer organizações sociais da saúde. No último dia 12, a Lava Jato chegou novamente ao nome do empresário defendido pelo novo secretário do governo Witzel.

No documento apreendido com Andreia do Nascimento, assessora do ex-presidente da Alerj, Paulo Melo, presa no dia 13 deste mês, há a orientação de “excluir qualquer email do Alessandro, Mário, Vinícius, Guilherme e Paulo Afonso Trindade Jr.”

O MPF afirma que Alessandro Carvalho de Miranda, Mário Peixoto e Vinícius Peixoto apresentam vínculos societários e eleitorais (doação de campanha) com Paulo Melo.

Fontes da Lava Jato afirmam que o conteúdo do bilhete revela uma estratégia para destruir provas. Agora, os investigadores querem saber por que os presos queriam esconder o que falavam com Mário Peixoto.

O que mais se sabe sobre o novo secretário é que ele é ex-aluno de Wilson Witzel e advogado especializado em recuperação de empresas.

Ao G1 o advogado e futuro secretário, Lucas Tristão disse que sempre atuou pautado pela ética profissional que já notificou todos os seus clientes que deixará de representá-los e que renunciará de todos os processos antes de assumir a secretaria.

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