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06/11/2018     nenhum comentário

Vereadores de Rondonópolis (MT) denunciam caos na saúde terceirizada por OS

Parlamentares dizem que situação do Hospital Regional já é caso de polícia, já que a organização social Gerir recebe e não executa corretamente os serviços

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Vereadores da cidade de Rondonópolis, no Mato Grosso, denunciam situação caótica na saúde no Hospital Regional. No último da 1º, em sessão legislativa, Hélio Pichioni (PSD) e Jailton Dantas (PSDB) afirmaram que o problema deve ser tratado como caso de polícia.

Reportagens publicadas pela imprensa local dão conta de que a organização social Instituto Gerir, que administra a unidade, está recebendo do governo estadual, mas não vem garantindo a prestação de serviços, tendo como prioridade a reforma do prédio do HR, mas deixando de atender os pacientes com a eficiência necessária.

“Nesta semana, fiquei sabendo que o local ficou três dias sem limpeza e higienização. A situação foi tão séria que enfermeiros estavam cuidando da limpeza. Como se não bastasse, o pior é a falta de medicamentos e insumos necessários para o atendimento, pois está faltando antibióticos, agulhas para anestesia e fio para sutura. As cirurgias eletivas ficaram paradas. Sabemos de relatos que pessoas morreram por falta de antibiótico. A crise é grave e não podemos ficar calados”, disse Hélio Pichioni ao site A Tribuna do Mato Grosso.

Segundo o vereador, o Ministério Público Estadual, o Município e Estado estão cientes do que vem ocorrendo. “É preciso uma força tarefa entre o poder público, Ministério Público, Consórcio Regional de Saúde e outros. Eles devem reunir e, se preciso for, fazer uma intervenção no HR, pois da forma que está não pode continuar. A situação é de calamidade pública da saúde e não podemos ficar inertes. É preciso encontrar uma saída. O governo está pagando, mas a OS não está atendendo como deveria”, frisou.

O colega de legislativo, Jailton Dantas, classificou a situação do HR como grave. “Estou acompanhando a situação do HR desde que a OS Gerir assumiu. A situação do HR é preocupante ao ponto de ficar três dias sem a higienização, colocando os pacientes em risco de infeções. Além disso, pessoas estão morrendo por falta de materiais para atendimento. Casos graves de traumas e outros estão sendo levados para receberem apenas um paliativo no pronto atendimento que não possui estrutura para alta complexidade. O Ministério Público tem acompanhado a situação, mas é preciso o poder público se movimentar mais para resolver isso e cobrar da Gerir o atendimento de qualidade, mas eles parecem estar mais preocupados com a reforma do que com os pacientes”, ressaltou o vereador.

Conforme Dantas, as cirurgias eletivas e de ortopedia estavam paralisadas, mas com previsão de serem retomadas esta semana após uma cobrança do Ministério Público. “Na cidade, é registrada diariamente uma média de oito acidentes de motos, onde pelo menos três são pessoas com traumas e que precisam passar por cirurgia ortopédica. Hoje, estes pacientes estão recebendo os primeiros atendimentos no Pronto Atendimento e tendo que aguardar com dor a cirurgia. Muitos destes acidentados correm o risco de calcificação da fratura o que pode resultar em sequelas. Nós temos que cobrar da OS que ofereça um atendimento de qualidade, pois os repasses do governo estão acontecendo, mas sabemos que a OS está com problemas em hospitais da cidade de Goiânia (GO), onde está vivendo a mesma problemática”, revelou o vereador.

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