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16/07/2018     nenhum comentário

UPA terceirizada é alvo de questionamentos em reunião do Conselho Municipal de Saúde de Santos

Pressionados, conselheiros se posicionaram em resolução, admitindo que não fiscalizam e dizendo que querem mudanças para melhorar o controle social

Na última reunião ordinária do Conselho Municipal de Saúde de Santos, em 05 de junho, a péssima qualidade do atendimento da UPA Central foi alvo de sérios questionamentos.

Terceirizada pela Prefeitura para organização social (ficha suja) Fundação do ABC, por 21 milhões ao ano, a UPA foi cenário de um verdadeiro absurdo, conforme relato de um usuário do SUS presente na reunião.

A vítima, José Marques, diz que quase morreu porque trocaram seu prontuário e lhe receitaram um remédio que ele jamais poderia ter tomado, visto que é diabético.

O erro teria ocorrido no dia 6 de abril. Marques, inclusive, apresentou uma reportagem.  Veja abaixo, a ata da reunião, que registrou as palavras do paciente. A ata também pode ser conferida neste aqui.

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O secretário de Saúde, Fábio Ferraz, concordou que o relato diz respeito a algo grave e prometeu uma apuração.

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Ferraz, no entanto, sabe que esta não teria sido a primeira e nem será a última vez que problemas sérios no atendimento da UPA são registrados.

Nós, do Ataque aos Cofres Públicos, já publicamos depoimentos de diversos usuários que tiveram seus prontuários e exames extraviados dentro da unidade. Também já houve relatos de pacientes diabéticos que receberam receitas com remédios proibitivos para quem tem a doença. Por sorte, eles perceberam antes de tomar.

Um dos casos ocorreu em 24 de outubro de 2016, com Neuza Maria Guimarães Mendes. Veja aqui

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Outro que quase tomou medicamento errado foi Elinton Machado dos Santos. Veja aqui o depoimento dele, publicado pelo Ataque aos Cofres Públicos em 14 de agosto de 2017.

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Coincidentemente, depois dos questionamentos feitos em reunião do Conselho Municipal de Saúde de Santos, saiu uma nota, neste domingo (15), na coluna Dia a Dia do Jornal A Tribuna. A nota fala sobre uma resolução do Conselho acerca da fiscalização dos contratos de publicização.

Como já mostramos algumas vezes, a maior parte dos conselheiros de saúde jamais se preocupou com a transparência no uso de recursos para as OSs. Se assim fosse, teriam ao menos tentado impedir que a Lei das OSs fosse aprovada em Santos. Dezenas de alertas sobre os riscos da terceirização disfarçada de publicização traria para a Cidade foram feitos. De nada adiantou. Vereadores cumpriram o papel de fantoches do Governo e o Conselho se omitiu premeditadamente.

Deu no que deu. Uma OS gerenciando por um custo altíssimo um hospital para poucos. Outra OS comandando, por um custo absurdo, um serviço repleto de críticas e erros. E em todos os cantos da saúde muito sucateamento.

Veja a nota do Dia a Dia:

dia-a-dia-conselho

 

Veja aqui a resolução do Conselho:

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