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22/10/2018     nenhum comentário

UPA, o endereço do inferno em Santos

Com número insuficiente de profissionais, recepção da unidade está sempre lotada, com pessoas em pé ou até mesmo no chão aguardando atendimento

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“Isso aqui é um inferno”, disse um usuário transtornado que desistiu de esperar atendimento na UPA terceirizada pela Prefeitura de Santos. Ele foi embora da unidade bufando, sem espaço para conversa.

Testemunhamos a cena já comum na última segunda-feira (15). Na ocasião, a equipe do Ataque aos Cofres Públicos mais uma vez esteve na unidade comandada pela Fundação do ABC para conversar com a população que depende do serviço.

A opinião do anônimo enfurecido por não conseguir atendimento é compreensível e foi compartilhada por várias outras pessoas. “Cheguei aqui com minha esposa, que é diabética e está com tonturas, às 11 horas. São 15 horas e nada de atendimento. A gente pergunta para os enfermeiros, recepcionistas e ninguém informa o que está acontecendo. Só dizem que não podem fazer nada”, relatou Tarcísio Alves da Silva Jr.

“Será que a pessoa tem que desmaiar e cair no chão para ser atendida?”, perguntou o jovem.

No chão muitas pessoas já estavam naquela segunda-feira chuvosa. A demora para as consultas e demais procedimentos era tão grande que o saguão da unidade ficou lotado.

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Com poucas cadeiras, dezenas de pessoas tiveram que esperar em pé mais de quatro horas para entrar nos consultórios. Algumas não aguentaram e se acomodaram no chão sujo mesmo. Foi assim que encontramos a vendedora Fernanda Correa e sua filha de apenas 7 anos. “Ambas chegaram antes do meio-dia. Por volta das 16 horas a mãe ainda aguardava ser avaliada por um clínico. O atendimento na pediatria, por sorte, demorou um pouco menos: duas horas e meia.

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Gabriel Duarte não teve a mesma sorte. Por causa de uma dor forte nas costas e muita falta de ar, ele foi até a UPA em busca de ajuda. Chegou 12h30. Quando contou seu drama para a nossa equipe já passava das 16 horas. Ainda tinham 20 pessoas na sua frente. “Isso não é normal”.

A palavra mais repetida para definir o serviço terceirizado foi “absurdo”. O termo não é exagero, como conta Regina dos Santos Pires. “Muita gente chegou às 10 horas. Agora são 15 horas e continuam na fila. É tudo muito desorganizado. O sistema de senhas não funciona direito”, desabafou munícipe com dificuldades por causa das dores causadas por uma infecção na gengiva.

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