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13/06/2017     nenhum comentário

UPA Central de Santos: paciente é obrigada a comprar gesso para ser atendida

Na unidade terceirizada para a FUABC, a vítima de acidente de moto ficou esperando mais de quatro horas por atendimento. Vereador constatou que até algodão estava em falta.

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Na audiência pública de prestação de contas da Fundação do ABC em Santos, realizada no fim de maio, na Câmara dos Vereadores, o secretário de Saúde de Santos, Fábio Ferraz, assim como seus assessores, disseram que a atuação terceirizada da organização social estava a contento e que os problemas que ocorrem no atendimento são culpa das cidades vizinhas.

Menos de uma semana depois e as palavras das autoridades foram colocadas em xeque por fatos noticiados na imprensa e constatado por vereadores.

O Programa Hora Geral, da TV Santa Cecília, conduzido pelo apresentador e vereador Douglas Gonçalves (DEM), destacou o martírio da paciente Givanilda de jesus Souza. Ela se acidentou de moto e teve de esperar mais de quatro horas na noite do último dia 5 para ser atendida. O motivo? Não tinha gesso para imobilizar o pulso fraturado. Ela estava com dores e os funcionários da OS a orientaram a esperar indefinidamente para fazer a imobilização. Para não sofrer mais ela acabou pedindo para uma amiga comprar o gesso e só assim o procedimento foi feito. Veja aqui a matéria, exibida em 7 de junho.

Um jovem que também estava com fratura, segundo a produção do programa, enfrentou a mesma dificuldade. Foi informado que a unidade estava sem talas, sem gesso e sem condições de fazer a imobilização.

Cabe aqui destacar que o programa que mostrou a denúncia é conduzido pelo mesmo vereador que aprovou o projeto de lei de autoria do Executivo que autorizava a entrada das OSs e da terceirização na saúde de Santos. Na época, o Ataque aos Cofres Públicos tentou entrevistar Gonçalves para entender o que motivou sua decisão e ele se negou a nos atender.

Cabe também ressaltar que quando o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) disse na inauguração da UPA que o novo modelo de gestão por OSs seria a solução para todos os problemas da saúde, pois além das entidades serem mais eficientes, a gestão terceirizada é menos burocrática e mais ágil na prestação dos serviços.

Há exatamente um ano antes do programa Hora Geral destacar a precariedade da UPA Central terceirizada, o Diário do Litoral destacava a quarteirização de médicos na UPA e mostrava outros problemas no setor. Na época, o então vereador Evaldo Stanislau (Rede) denunciava na reportagem uma série de situações absurdas, entre elas o fato de a sala de gesso da unidade não permitir a passagem de cadeiras de rodas. Ou seja, pessoas acidentadas tinham de ser carregadas por familiares para fazer os procedimentos de imobilização.  Leia aqui.

Voltando a 2017 e à falta de materiais básicos, lembramos que o vereador Fabrício Cardoso (PSB) também foi até o local apurar a mesma denúncia. Ele disse que foi marcado no Facebook por um munícipe que postou uma reclamação sobre o assunto. Resolveu ir até o local e gravou um vídeo mostrando que as queixas dos pacientes procedem.

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Além da falta de gesso, estava em falta algodão para curativos no setor de Ortopedia. Veja o vídeo aqui.

 

 

 

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