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16/05/2018     nenhum comentário

Trabalhadores da FUABC protestam e podem entrar em Greve

Funcionários já acumulam perdas salariais de 15% e denunciam prática de assédio moral dentro do Hospital de Clínicas de São Bernardo, gerenciado pela OS

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Em São Bernardo os funcionários da organização social Fundação do ABC, gestora do Hospital de Clínicas, fazem um protesto na manhã desta quarta (16).

O ato, que também é uma assembleia, pode decidir pela paralização da categoria. Os funcionários denunciam a falta de reajuste, assédio moral, falta de convênio médico, falta de café da manhã, entre outras irregularidades.

Outro ponto que tirou a paciência dos profissionais foi a recente a mudança dos horários e plantões sem negociação.

Segundo o Sindicato que representa os trabalhadores, o SindSaúdeABC, a falta de reajuste desde 2016 implica, até o momento, em perda de 15% nos salários e e nas cláusulas econômicas, como auxílio creche e vale-refeição.

Além disso, o plano de saúde é garantido no Acordo Coletivo da categoria, mas não existe na prática. As queixas de assédio moral também já geraram condenação da empresa em uma ação individual. No entanto, segundo os funcionários, a prática tem se repetido.

O estopim para o protesto foi o fato de a empresa ter alterado de forma unilateral os horários, retirando o turno de 12×36 e impondo arbitrariamente o turno 6×1. Quem não concorda está sendo simplesmente demitido e substituído.

Segundo o SindSaúde ABC, em 2016, durante a Campanha Salarial, a FUABC ofereceu zero por cento de reajuste. Depois, voltou atrás e fez uma proposta humilhante, que foi rejeitada em assembleia específica.

UPA de Santos

A FUABC é a mesma empresa que atua na UPA de Santos, repleta de reclamações por parte dos usuários. Seu presidente, Carlos Maciel,  envolvido nas investigações da Operação Prato Feito, renunciou ao cargo.

Mais problemas

A Fundação também é alvo de denúncias na CPI das OSs, em andamento da Assembleia Legislativa. Segundo conselheiro estadual da Saúde, no Hospital Estadual de Francisco Morato, a empresa subcontratou, por R$ 3,2 milhões, a NAN Neonatal Assistência Médica Ltda. O contrato é genérico, não especifica quantidade de profissionais. Tem entre as atribuições supervisionar e coordenar a UTI e o berçário. Ou seja, a FUABC contratou uma empresa para executar e supervisionar o serviço que ela mesmo executa, tudo com dinheiro público.

Além de tudo isso, há no quadro societário 5 servidores públicos do Estado, que são médicos que atuam na rede. A NAN funciona em endereço particular. Há suspeitas que seja uma empresa de fundo de quintal, cuidando de serviços hospitalares.

Nos últimos cinco anos, somente do Governo do Estado, a OS FUABC recebeu R$ 2,7 bilhões em recursos públicos. É a quarta maior OS em volume financeiro recebido dos cofres estaduais.

 

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